Publicado em 09/05/2017 às 12h00.

Agência Brasileira de Inteligência espionou índios no governo Dilma

Nos últimos anos, a Abin tem afirmado que não faz análise de inteligência sobre "pessoas", mas sim sobre cenários

Redação
Foto: Lucio Bernardo Junior / Câmara dos Deputados
Foto: Lucio Bernardo Junior / Câmara dos Deputados

 

O governo Dilma Rousseff investigou, por meio da Agência Brasileira de Inteligência, líderes indígenas e organizações não-governamentais contrários a grandes empreendimentos na Amazônia, como as usinas de Belo Monte e Tapajós, segundo informou o jornal Folha de S. Paulo.

Relatórios da Abin tiveram seu sigilo levantado e foram transcritos no texto final da CPI da Funai e do Incra por decisão do relator, Nilson Leitão (PSDB-MT), coordenador da Frente Parlamentar da Agropecuária do Congresso.

Nos documentos, há referências individuais ao comportamento de líderes indígenas contrários às hidrelétricas, como Josias Manhuari, Maria Leuza Cosme Kabá e Valdenir Munduruku, opositores da usina do Tapajós, no Pará. Sobre um chefe tembé, a Abin descreveu o modelo e o número do registro nacional do veículo.

Nos últimos anos, a agência tem afirmado que não faz análise de inteligência sobre “pessoas”, mas sim sobre cenários.

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