Publicado em 21/07/2017 às 11h30.

AL-BA só vai investigar Ubaldino e Ângela se for ‘provocada’, diz Braga

Curioso, o decano da Assembleia quis saber sobre a situação dos colegas de Casa Ângela Sousa e Carlos Ubaldino, acusados de corrupção na operação Águia de Haia

Alexandre Galvão
Foto: Juliana Andrade/ AL-BA
Foto: Juliana Andrade/ AL-BA

 

Denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) por, supostamente, participarem de uma organização criminosa que corrompia agentes políticos e servidores públicos e desviava recursos por meio de licitações fraudulentas no município de Ruy Barbosa, na Chapada Diamantina, além de outras 18 cidades, os deputados estaduais Carlos Ubaldino e Ângela Sousa (ambos do PSD) ainda estão livres de problemas na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).

Nesta quinta-feira (21), o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) determinou a separação da acusação formal contra os parlamentares.

De acordo com o presidente do Conselho de Ética da AL-BA, Reinaldo Braga (PSL), ninguém procurou o colegiado para abrir representação contra os colegas que, se forem condenados, terão quebrado o decoro parlamentar e poderão perder seus mandatos.

“Alguém tem que mandar a representação para a Mesa Diretora, que envia para o Conselho de Ética. Ainda não fomos provocados”, contou, ao bahia.ba. Curioso, o decano da Casa quis saber sobre a situação dos colegas. “Mas eles já foram denunciados pelo Ministério Público?”, perguntou.

A denúncia – Em maio de 2017, o Ministério Público Federal denunciou 14 pessoas de integrar uma organização criminosa que desviava recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

O MPF pede a reparação por danos morais coletivos no valor mínimo de R$ 10 milhões, a ser pago solidariamente por todos os denunciados, ao considerar os danos sofridos pela população dos municípios atingidos pela ação criminosa, que deixou de receber melhorias educacionais.

O pedido destaca o ambiente sistêmico de desvio, apropriação e propina em 18 prefeituras do estado da Bahia decorrente da atuação da organização criminosa.

De acordo com a procuradoria, o grupo atuou por aproximadamente seis anos e realizou contratações desnecessárias e superfaturadas no valor global de aproximadamente R$ 43,15 milhões.

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