Publicado em 21/05/2018 às 17h49.

Aleluia: Bolsonaro é ‘prudente’ ao expressar reservas a privatização

"A princípio eu reagiria a isso aí", disse o presidenciável sobre projeto de privatização da Eletrobras, que tem deputado do DEM como relator

Rodrigo Aguiar
Foto: Cleia Viana / Câmara dos Deputados
Foto: Cleia Viana / Câmara dos Deputados

 

Relator do projeto de privatização da Eletrobras, o deputado federal José Carlos Aleluia (DEM) disse que o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) foi “prudente” ao declarar que, “a princípio”, reagiria à iniciativa.

“Temos que ver o modelo. A princípio eu reagiria a isso aí. O Brasil não pode ser um país em leilão”, afirmou o pré-candidato à Presidência, ao ser questionado sobre o assunto, em almoço com empresários na Associação Comercial do Rio (ACRJ) nesta segunda-feira (21).

Na última semana, Aleluia criticou seis governadores do Nordeste e o governador de Minas Gerais, que se posicionaram em carta contra a privatização da Eletrobras.

Na ocasião, o parlamentar se referiu aos governadores como “vanguarda do atraso” e os acusou de criticar o projeto sem conhecê-lo. “Acho que o Bolsonaro foi mais responsável do que os governadores. É uma posição prudente, não sectária”, comparou Aleluia.

Questionado se a fala do presidenciável poderia indicar um retorno a posições estatizantes, o democrata minimizou: “Quem escolhe o [Paulo] Guedes como consultor não pode ser alguém contra privatização ou a iniciativa privada”.

Bolsonaro confiou a Guedes a responsabilidade de criar seu programa econômico e já avisou que, se eleito, o economista será seu ministro da Fazenda. Em entrevista à Folha em fevereiro, Guedes defendeu um amplo pacote de privatizações.

Em 1999, já deputado federal, Bolsonaro afirmou que o então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) deveria ser fuzilado por causa da privatização da Vale do Rio Doce.

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