Publicado em 27/03/2017 às 16h00.

Aliado pede SSP e diz que política municipal antidrogas é ‘inexistente’

Maurício Trindade sugere Secretaria de Segurança multidisciplinar: “Hoje não tem um convênio para internar, pelo Município, nenhuma pessoa que use drogas”

Rodrigo Daniel Silva
Foto: Rodrigo Daniel Silva/ bahia.ba
Foto: Rodrigo Daniel Silva/ bahia.ba

 

Aliado e correligionário de ACM Neto (DEM), apesar de irmão do líder da oposição ao prefeito José Trindade (PSL), o vereador Maurício Trindade criticou a política municipal antidrogas da gestão soteropolitana e propôs a criação de uma Secretaria de Segurança Pública do Município, em entrevista ao bahia.ba, nesta segunda-feira (27), durante a primeira edição da Câmara Itinerante, na Barra.

De acordo com o edil, a ideia é inventar uma pasta extraordinária “com tempo previsto” – ele não especificou a duração – e atuação multidisciplinar em conjunto com as áreas de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps), Saúde, Educação, Transalvador e Guarda Municipal, bem como Trabalho, Esportes e Lazer.

“O maior problema da cidade, do Estado e do Brasil é a violência e segurança não é só policial na rua. Segurança envolve a parte social, em que setores da Semps e do Trabalho e Esportes estariam nessa secretaria, principalmente atuando na prevenção e tratamento das pessoas que usam drogas, porque hoje o maior agente da violência são as pessoas envolvidas no uso e no tráfico de drogas”, avaliou o vereador. “Essa secretaria coordenaria todas essas atividades até que cada secretaria tivesse, no futuro, essas ações e essa preocupação. Talvez um dia nem mais precisássemos dessa secretaria especificamente”, estimou.

Sobre a atual política da prefeitura para enfrentar a questão, o democrata foi taxativo. “Infelizmente, inexistente. Você hoje não tem um convênio para internar, pelo Município, nenhuma pessoa que use drogas. As mães e os familiares às vezes estão desesperados, querendo, às vezes o próprio usuário quer ser levado para um centro de tratamento, e é um tratamento de seis meses ou mais, e Salvador não tem nenhum convênio. Tem tratamento nos Caps [Centro de Apoio Psicossocial], de apenas um dia, e isso não resolve. Ajuda, mas não resolve”, ponderou, ao emendar: “Não temos nenhuma política de prevenção contra as drogas funcionando no Município”.

O vereador ainda não apresentou nenhum projeto de indicação ao Executivo para sugerir a SSP municipal, mas considera que “essa é uma função de gabinete de prioridade do governo”.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.