Publicado em 14/02/2019 às 07h48.

‘Amigo particular’ de Bolsonaro é reprovado para gerência na Petrobras

Estatal diz que indicado tem 'sólida formação', mas falta experiência para função

Redação
Foto: Reprodução/Facebook
Foto: Reprodução/Facebook

 

Carlos Victor Guerra Nagem, apontado pelo presidente Jair Bolsonaro como seu “amigo particular” (PSL), foi reprovado na avaliação para assumir a gerência-executiva de Inteligência e Segurança Corporativa da Petrobras. A informação é de reportagem da Folha de S. Laulo.

Segundo a publicação, Nagem havia sido indicado em janeiro pelo presidente da estatal, Roberto Castello Branco.

A indicação causou polêmica e chegou a ser questionada por sindicatos, que alertaram sobre descumprimento do plano de cargos da companhia, já que Nagem nunca havia assumido cargo comissionado e, portanto, não cumpria os requisitos mínimos para assumir a função.

Gerências-executivas são o segundo escalão na hierarquia da estatal, abaixo apenas das diretorias. A vaga que seria ocupada por Nagem está ligada à presidência e tem salário de cerca de R$ 50 mil.

À época da indicação, Castello Branco negou motivação política e disse que o escolhido tinha currículo adequado. Nagem também recebeu o apoio de Bolsonaro, que se manifestou no Twitter.

“A era do indicado sem capacitação técnica acabou, mesmo que muitos não gostem. Estamos no caminho certo!”, escreveu o presidente em um primeiro momento.

Depois, ele apagou o tuíte e publicou apenas o currículo do amigo: “A seguir o currículo do novo gerente-executivo de Inteligência e Segurança Corporativa da Petrobras, mesmo que muitos não gostem, estamos no caminho certo”.

A Petrobras disse à Folha que o nome de Nagem foi submetido aos procedimentos de governança da companhia.

“Apesar de sua sólida formação acadêmica e atuação na área, seu nome não foi aprovado porque ele não possui a experiência requerida em posição gerencial que é necessária à função”, disse a empresa.

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