Publicado em 09/01/2016 às 16h15.

Após caso de intolerância religiosa, Gilmar cobra ação enérgica

Conforme o babalorixá Jonatas de Souza, mais conhecido como Babá Deloiá, os membros do terreiro estão temerosos depois de constantes ameaçadas de morte

Redação

Após os líderes do terreiro Ilê Axé Oyá Omim Balé, localizado no bairro da Lapinha, em Salvador, terem sido, mais uma vez, ameaçados de morte na última terça-feira (05),  o vereador Gilmar Santiago (PT) cobrou da Secretaria Municipal da Reparação (Semur) e da Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) o acionamento dos mecanismos legais contra os crimes de ódio religioso, para assegurar os preceitos da Constituição.

O caso mais recente foi contra um Terreiro na Lapinha. Conforme o  babalorixá Jonatas de Souza, mais conhecido como Babá Deloiá, os membros do terreiro estão temerosos depois de constantes ameaçadas de morte. Devido ao temor, as atividades religiosas foram reduzidas.  As agressões estariam sendo praticadas por vizinhos, sob a liderança de Josenilson Furtado Sento Sé, conhecido como Batata.

Ainda conforme o babalorixá, fezes de animal são jogadas dentro do terreiro, Os agressores chegaram até colocar ácido em plantas sagradas para os candomblecistas.

Para o vereador Gilmar, casos como estes são incabíveis, principalmente em Salvador, uma cidade de maioria negra, com mais de 1300 Terreiros de Candomblé, segundo dados do Mapeamento dos Terreiros de Candomblé em Salvador, feito pela Semur quando ele era secretário.

“Essa cidade deve muito às religiões de Matriz Africana e não podemos, em um estado democrático de direito, aceitar agressões a nenhuma religião, sobretudo àquelas que deram imensa contribuição civilizatória à cidade onde pulsa uma cultura oriunda dos Terreiros”, comenta o vereador.

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