Publicado em 10/05/2018 às 07h27.

Após impeachment, Dilma e Jucá podem ocupar mesmo palanque

Enquanto o emedebista tem receio de ser chamado de golpista ao lado da ex-presidente, a petista se recusa a abrir mão da vaga à corrida pelo Senado

Redação
Foto: Wilson Dias/ ABr
Foto: Wilson Dias/ ABr

 

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Romero Jucá (MDB) podem voltar a subir no mesmo palanque durante a campanha às eleições de outubro, embora os dois se posicionem contra a hipótese.

É que uma chapa entre petistas e emedebistas está à beira de ser pactuada em Minas Gerais, o que poderia fazer com que Dilma desistisse de disputar uma cadeira ao senado, segundo informou a coluna do Estadão.

Neste caso, só restaria à ex-presidente vaga no grupo que concorreria à Câmara Federal, mas ela tem receio de ajudar a eleger, na proporcional, deputados que contribuíram para o seu impeachment.

Por outro lado, Romero Jucá tem medo de voltar a ser chamado de golpista pelos apoiadores de Rousseff ao posar ao lado da petista.

Grampo – Em conversa vazada em 2016, antes do impeachment, o então ministro do Planejamento, Romero Jucá, sugeriu ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado que uma “mudança” no governo federal resultaria em um pacto para “estancar a sangria” representada pela Operação Lava Jato, que investigava ambos.

“Eu ontem fui muito claro. […] Eu só acho o seguinte: com Dilma não dá, com a situação que está. Não adianta esse projeto de mandar o Lula para cá ser ministro, para tocar um gabinete, isso termina por jogar no chão a expectativa da economia. Porque se o Lula entrar, ele vai falar para a CUT, para o MST, é só quem ouve ele mais, quem dá algum crédito, o resto ninguém dá mais credito a ele para porra nenhuma. Concorda comigo? O Lula vai reunir ali com os setores empresariais?”, disse o emedebista em um dos trechos da gravação entregue à Procuradoria-geral da República (PGR).

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