Publicado em 23/01/2019 às 18h00.

Arábia Saudita descredencia frigoríficos brasileiros em possível retaliação

Cinco das 30 plantas que exportam carne de frango para o país árabe sofrem sanção; Liga Árabe garante que a retaliação tem viés político contra o governo Bolsonaro

Redação
Foto: Ricardo Borba/CB
Foto: Ricardo Borba/CB

 

Mesmo antes de concretizar a troca da embaixada brasileira em Israel, passando de Tel Aviv para Jerusalém, a economia brasileira já começa a sofrer as consequências da decisão do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

A Arábia Saudita — um dos principais compradores de proteína animal do Brasil — anunciou sanções a cinco frigoríficos de carne de frango no país. De acordo com o secretário-geral da Liga Árabe, Arm Moussa, a retaliação tem viés político contra o governo de Jair Bolsonaro.

Das 30 plantas brasileiras que estavam exportando carne de franco à Arábia Saudita, cinco foram barradas, de acordo com a lista de estabelecimentos descredenciados pelos árabes, divulgada nessa terça-feira (22).

A retaliação incluiu frigoríficos da BRF, que viu suas ações tombarem mais de 5%. Apesar de os motivos oficiais não terem sido divulgados, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informou, em nota, que houve uma sanção com base em “avaliações técnicas”.

Moussa sinalizou o contrário: “O mundo árabe está enfurecido”. “Essa é uma expressão de protesto contra uma decisão errada por parte do Brasil. Muitos de nós não entendemos o motivo pelo qual o novo presidente do Brasil trata o mundo árabe desta forma”, disse o secretário-geral da Liga Árabe.

Até então, o país adotava uma posição neutra aos conflitos entre israelenses e palestinos na região. Seguindo os passos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Bolsonaro anunciou a medida logo após sua eleição para o cargo. Com informações do Correio Braziliense.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.