Publicado em 01/04/2016 às 21h19.

Araújo se reúne com Moro para ouvir testemunhas de Cunha no PR

Presidente do Conselho de Ética pretende fazer oitivas em Curitiba para agilizar processo contra o peemedebista; previsão é de que relatório seja votado em maio

Evilasio Junior
Foto: João Brandão/ bahia.ba
Foto: João Brandão/ bahia.ba

 

O deputado federal José Carlos Araújo (PR-BA), presidente do Conselho de Ética da Câmara, e o vice do colegiado, Sandro Alex (PPS-PR), vão se reunir com o juiz Sérgio Moro na próxima terça-feira (5), às 11h, em Curitiba, para tentar agilizar a ação de quebra de decoro parlamentar contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O peemedebista é acusado de mentir à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, em março do ano passado, ao declarar não ter contas no exterior, fato comprovado posteriormente pelo Ministério Público da Suíça.

A meta é conseguir autorização para ouvir as testemunhas de defesa arroladas no processo que estão presas na carceragem da Polícia Federal na capital paranaense, a exemplo do lobista Fernando Baiano. Ao todo, seis testemunhas previstas nas oitivas estão em prisão domiciliar ou detidas na PF. “Vamos conversar para saber o que fazer, se podemos ouvir eles lá por um ou dois dias. Se formos levar todos para Brasília, além de ser um procedimento demorado, a despesa é alta. De qualquer forma, precisamos da autorização”, explicou o parlamentar, em entrevista ao bahia.ba.

De acordo com Araújo, como forma de diminuir os custos, também será solicitado o apoio da Assembleia Legislativa do Paraná, a fim de que ceda uma de suas taquígrafas para fazer a transcrição dos depoimentos. “Por ele [Cunha], vamos ter que chamar uma [testemunha] a cada semana, para atrasar ainda mais.

Segundo o republicano, a expectativa do colegiado é votar o relatório em meados de maio. “Se ele não fizer mais nenhuma arte…”, ironizou José Carlos Araújo, sobre as constantes manobras de Cunha – como tentar mudar a composição do conselho e requerer testemunhas da Suíça – para se livrar de uma possível cassação de mandato.

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