Publicado em 15/01/2019 às 16h57.

Aumenta parcela de brasileiros que relata ter sofrido preconceito

Número de pessoas que relata discriminação é maior entre eleitores de Haddad do que entre quem votou em Bolsonaro

Redação
Foto: Tania Rego/Agência Brasil
Foto: Tania Rego/Agência Brasil

 

Um a cada três brasileiros diz já ter sido vítima de preconceito devido a sua classe social, de acordo com pesquisa do instituto Datafolha, divulgada nesta terça-feira (15). O número subiu nos últimos anos.

Também aumentou a parcela de pessoas que declara já terem sofrido preconceito por sua cor da pele, orientação sexual, local onde vive, religião ou gênero.

O preconceito de classe era sentido por 21% dos entrevistados em 2007. Na pesquisa atual, foram 30%.

O Instituto Datafolha ouviu 2.077 pessoas com 16 anos ou mais em 130 cidades, entre os dias 19 e 10 de dezembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

Em outubro, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) – à época candidato – minimizou o preconceito sofrido por esses grupos ao afirmar que “tudo é coitadismo” no Brasil. “Coitado do negro, coitada da mulher, coitado do gay, coitado do nordestino, coitado do piauiense. Tudo é coitadismo no Brasil, nós vamos acabar com isso”, declarou, em entrevista à afiliada do SBT no Piauí.

O preconceito é menos percebido entre quem declarou voto no capitão da reserva. Apenas 26% dos eleitores de Bolsonaro disseram já ter sofrido discriminação por classe social e outros 18% disseram ter sofrido racismo.

Entre os eleitores de Fernando Haddad (PT), 37% declararam terem sido vítimas de preconceito de classe, e 27% de racismo.

 

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