Publicado em 16/07/2019 às 11h25.

Bolsonaro e Eduardo: embaixada dos EUA para o próprio filho é refresco

Eduardo se diz preparado. Já fritou hamburguer no Maine e sabe falar o inglês bem

Levi Vasconcelos
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agencia Brasil
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agencia Brasil

 

Pergunta-me Iraildes Machado, leitora fiel, residente no Canela, ressalvando que estava saudosa com o nosso afastamento (compulsório) por alguns dias, o que nós achamos de o presidente Bolsonaro nomear o filho Eduardo embaixador do Brasil nos EUA.

Simplíssimo, minha cara. Pegue o mesmo fato e inverta os personagens: já pensou se Lula tivesse tido a ideia de nomear o filho dele, Lulinha, para o mesmo posto?

Simplesmente isso que vemos agora não existiria, porque o próprio Bolsonaro seria o primeiro a cair matando nas redes sociais.

FHC vê pequenez

Mas ele nem tchum. Ontem foi à Câmara e lá falou, em discurso formal, sob aplausos:

— Se (a nomeação do filho) está sendo tão criticada pela mídia, é sinal de que é a pessoa adequada.

É só a mídia quem está criticando? Olavo de Carvalho, o guru da família Bolsonaro, normalmente estridente, pegou leve, mas atacou. Disse que Eduardo, como deputado, tem a missão de criar no Congresso a CPI do Foro de São Paulo. ‘Seria um retrocesso’.

Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente, diz que Bolsonaro sugere a indicação do filho para função imprópria. E arremata: ‘Os políticos passam a impressão para o exterior de estarem engalfinhados na pequenez’.

Mas Eduardo se diz preparado. Já fritou hamburguer no Maine e sabe falar o inglês bem. Lula e os petistas agradecem, minha cara Iraildes.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.