Publicado em 08/12/2018 às 13h53.

Bolsonaro lamenta ‘constrangimento’ que ex-motorista está passando

"Mas ninguém recebe ou dá dinheiro sujo com cheque", afirmou presidente eleito

Juliana Almirante
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

 

O presidente eleito Jair Bolsonaro comentou, em entrevista coletiva neste sábado (8), as informações do Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) que dão conta de 176 saques bancários feitos pelo ex-motorista do filho, o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).

O ex-condutor,  Fabrício José Carlos de Queiroz, fez uma média de um saque a cada dois dias, com valores que variam entre R$ 100 e 14 mil.

Bolsonaro contou que conhece Queiroz desde 1984 e é amigo dele. O ex-motorista pegou R$ 24 mil emprestados com o presidente eleito e depois resolveu pagar as dívidas.

“Em outras oportunidades, eu já o socorri financeiramente. Nesta última, houve um acúmulo de dívidas dele para comigo (sic). Ele resolveu então me pagar com cheques. Não foi um cheque de R$ 24 mil. Nem 100 cheques de R$ 4. Foram na verdade 10 cheques de R$ 4 mil”, explicou.

O presidente eleito disse que deixou que a esposa fizesse o depósito das quantias, alegando que tem dificuldade para andar na rua.

“Deixei com a minha esposa. Eu lamento o constrangimento que ele está passando com a sua família no tocante a isso. Mas ninguém recebe ou dá dinheiro sujo com cheque. Isso é uma coisa normal, natural. Eu espero que ele se explique”, disse.

Ele também afirmou que a movimentação atípica não é uma afirmação de que ele seja culpado de alguma coisa. “Um exemplo: nós temos 600 mil pessoas na malha fina do imposto de renda, não quer dizer que sejam criminosos”, declarou.

“São indícios que a Justiça vai somar a outros possíveis indícios para analisar se ele é culpado ou não”, completou.

Confira a entrevista na íntegra:

 

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