Publicado em 04/10/2016 às 16h12.

‘Boto as duas mãos no fogo por Rui’, diz Nilo sobre operação da PF

Presidente da AL-BA responsabiliza tesoureiro de campanha e partido em caso de caixa 2: “O candidato dificilmente participa da parte de finanças”

Evilasio Junior
Foto: Roberto Viana/ Ag. Haack/ bahia.ba
Foto: Roberto Viana/ Ag. Haack/ bahia.ba

 

O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Marcelo Nilo (PSL), diz que não tem “a menor dúvida da lisura” do governador Rui Costa (PF), alvo da Operação Hidra de Lerna, deflagrada nesta terça-feira (4) pela Polícia Federal, que apura um suposto esquema de fraudes e financiamento ilegal da campanha do petista em 2014. “Eu conheço Rui na sua intimidade e boto as duas mãos no fogo pela honestidade dele”, avaliou o deputado, em entrevista ao bahia.ba, embora admita que não conhece “os detalhes” da investigação.

Na avaliação do parlamentar, a PF e o Ministério Público Federal “são instituições” decentes, mas geralmente o beneficiado com recursos de campanha não tem conhecimento da origem do dinheiro. “O candidato dificilmente participa da parte de finanças. É o tesoureiro, o diretor financeiro e o partido [que administram]”, opinou.

Nilo argumenta que “desde que descobriram o Brasil muito se fala em caixa 2”, defende que a prática seja “sepultada”, mas pede que investigação tenha “cuidado na apuração” para que o governador não fique com a “imagem arranhada”. “É obvio que, para fazer uma operação na justiça, tem que ter provas. Agora, se apurar em não der nada, é péssimo para a imagem do homem público. É um desgaste se, posteriormente, ele não tiver nada a ver com o peixe”, disse.

O presidente da AL-BA pede ainda que haja clara distinção sobre o que é investigado: “Tem que separar o joio do trigo. Caixa 2 é crime eleitoral e tem que ser punido como crime eleitoral. Propina é corrupção”.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.