Publicado em 02/02/2017 às 12h19.

Bruno diz que não quer polemizar com Otto e abre portas para Nilo

“Seja qual for a decisão dele, ele sabe que sempre vai contar aqui com diálogo e com as portas abertas para qualquer entendimento”, diz vice-prefeito

Evilasio Junior
Foto: Jefferson Peixoto/ Ag. Haack/ bahia.ba
Foto: Jefferson Peixoto/ Ag. Haack/ bahia.ba

 

O vice-prefeito de Salvador Bruno Reis (PMDB), principal articulador da campanha do novo presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) no campo da oposição, afirmou, em entrevista ao bahia.ba, nesta quinta-feira (2), que não quer “polemizar” com o senador Otto Alencar.

O presidente estadual do PSD negou que a candidatura do seu correligionário nasceu na ala liderada pelo prefeito ACM Neto, como afirmou o peemedebista. “Política é assim. Houve a possibilidade de, para ter o apoio do PSD, ajudar aqui na Assembleia, nesse entendimento em que os deputados do PSD da Bahia apoiariam tanto o Rodrigo Maia quanto 1º vice-presidente Lúcio Vieira Lima, mas não foi esse o principal fator”, rebateu, ao explicar qual teria sido a motivação: “O principal fator foi a certeza de um Poder Legislativo estadual independente. Nós não discutimos 2018, nós não conversamos com o senador Otto Alencar. O que nos motivou é a certeza de que, hoje, o presidente da Assembleia exercerá apenas o cargo de presidente da Assembleia, não de presidente do governo”, cutucou.

Segundo Bruno, a mudança vai possibilitar à bancada da minoria “um campo mais fértil de atuação” e proporcionar a tramitação e debate dos projetos nas comissões “sem que haja nenhum atropelo por parte da Mesa Diretora”.

Perguntado se as portas da oposição estariam abertas para Marcelo Nilo (PSL), derrotado no processo, o vice-prefeito não descartou uma aproximação, caso haja desejo do parlamentar. “Claro. Inclusive, Marcelo Nilo fez um grande trabalho, ao longo dos dez anos como presidente, isso tem que ser reconhecido. Ele possibilitou que os deputados pudessem exercer o seu mandato com condições muito melhores. As portas estão abertas. Não temos nenhuma dificuldade de conversar com Marcelo Nilo, pelo contrário. Nós conversamos durante esse processo todo. Nunca deixei de conversar com o presidente Marcelo Nilo. Eu converso com ele e, seja qual for a decisão dele, ele sabe que sempre vai contar aqui com diálogo e com as portas abertas para qualquer entendimento”, pontuou.

Apesar de não haver veto a Nilo no bloco contrário, Bruno Reis explicou o porquê de a sua ala ter se insurgido contra a sua tentativa de exercer o sexto mandato consecutivo como comandante da AL-BA: “Não dava para ser Marcelo Nilo porque a gente pretendia ouvir a voz da sociedade, o clamor popular, que defendia uma reoxigenação, uma renovação, a alternância de poder. Seis mandatos consecutivos, 12 anos? Era demais até para a própria oposição bancar isso”.

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