Publicado em 06/07/2017 às 11h40.

Bruno Reis diz torcer para Geddel mostrar ‘a sua inocência’

Vice-prefeito recusou se colocar como homem forte do partido na Bahia, após prisão do ex-ministro, e revelou que a legenda está sob comando de Lúcio “há mais de um ano”

Evilasio Junior
Foto: Luís Filipe Veloso/ bahia.ba
Foto: Luís Filipe Veloso/ bahia.ba

 

O vice-prefeito de Salvador, Bruno Reis (PMDB), disse esperar que o ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, seja inocentado no processo que o acusa de desvios de verbas da Caixa Econômica Federal, no âmbito da Operação Cui Bono.

Presidente estadual do PMDB, ele está preso desde a última segunda-feira (3) por tentativa de obstrução à Justiça. “A cúpula do partido confia na Justiça brasileira, espera que ele tenha a possibilidade de realizar o contraditório, a ampla defesa, e nós torcemos que ele possa mostrar, ao final, a sua inocência”, disse Bruno, em entrevista ao bahia.ba, nesta quinta-feira (6), durante a inauguração da Escola Municipal Brigadeiro Eduardo Gomes, no bairro de São Cristóvão.

Durante a Festa da Independência, no último domingo (2), o vice-prefeito falou da força da legenda, que passaria a administrar os três maiores municípios do estado, em caso de candidatura em 2018 dos prefeitos democratas ACM Neto (Salvador) e José Ronaldo (Feira de Santana), uma vez que já comanda Vitória da Conquista, com Herzem Gusmão. Ele recusou a tese de que passaria a ser o homem forte da sigla com a saída de Geddel de cena.

“Isso não está sendo pensado. É muito cedo, prematuro. O PMDB tem grandes nomes, na liderança do deputado federal Lúcio Vieira Lima, que é hoje o presidente do partido [em Salvador]. Ele vinha exercendo essa função há mais de um ano e continua conduzindo muito bem o partido na Bahia. Nós vamos, no momento certo, decidir o posicionamento do partido. O fato é que o PMDB tem envergadura, tem musculatura política em todo o estado, e vai reivindicar sempre os espaços principais, pela sua importância e tamanho”, disse.

Bruno Reis afirma que a defesa do vereador Alfredo Mangueira pelo afastamento de Geddel do comando peemedebista não se justifica. Segundo ele, o ex-ministro se licenciou da presidência logo após assumir o cargo no Palácio do Planalto.

“Geddel já não está à frente do partido há mais de um ano. Desde quando assumiu o ministério, o partido vem sendo conduzido pelo vice-presidente, o deputado Lúcio. Essa colocação foi fora do contexto. [Mangueira] Está desatualizado”, pontuou.

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