Publicado em 08/06/2016 às 21h57.

Caixa 2: Delator diz que pagou US$ 4,5 mi para campanha de Dilma

Apontado como operador de propinas pela Operação Lava Jato, Zwi Skornicki contou ter repassado US$ 4,5 milhões para conta secreta de João Santana

Redação
Zwi Skornicki é apontado como um dos operadores de propina na Petrobrás. (Foto: Reprodução/Facebook)
Zwi Skornicki é apontado como um dos operadores de propina na Petrobrás. (Foto: Reprodução/Facebook)

 

Apontado como operador de propinas pela Operação Lava Jato, o lobista Zwi Skornicki, fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.
Preso desde 23 de fevereiro de 2016, Zwi Skornicki repassou US$ 4,5 milhões para a conta secreta na Suíça do marqueteiro do PT João Santana – preso com a mulher, Mônica Moura, em Curitiba, alvos da Operação Acarajé, desdobramento da Lava Jato. O dinheiro seria para a ‘para ajudar a financiar a campanha de reeleição de Dilma Rousseff’.

De acordo com informações exclusivas publicadas pelo Jornal O Globo, o novo delator revelou que o valor de US$ 4,5 milhões teria sido solicitado por João Vaccari Neto, na época tesoureiro do PT.

A informação sobre a delação de Zwi Skornicki foi revelada pela repórter Camila Bonfim, da TV Globo, nesta quarta-feira (8). Ainda conforme a reportagem, Zwi recebeu, entre 2013 e 2014, comissões milionárias pelo trabalho que exercia de intermediador de contratos das empresas Queiroz Galvão, Iesa, Saipem, Ensco e UTC. As quatro primeiras negaram as irregularidades.

Foi analisando recebimentos da conta mantida pelo lobista no Banke Heritage, na Suíça, que a Lava Jato chegou ao valor de US$ 4,5 milhões transferidos para João Santana. A conta estava em nome da offshore Shellbill Finance AS. Procurada pela reportagem de O Globo, a assessoria de Dilma se manifestou e disse que “são mentirosas e levianas as acusações lançadas, mais uma vez com base em delações vazadas seletivamente publicadas pelo Jornal O Globo”.

Leia na íntegra a resposta da assessoria da presidente afastada:

“São mentirosas e levianas as acusações lançadas, mais uma vez com base em delações vazadas seletivamente e publicadas pelo jornal ‘O Globo’, tratando de doações para a campanha da reeleição. Mais uma vez, o jornal sequer teve a dignidade de procurar esta assessoria para esclarecimentos.

A Presidenta Dilma Rousseff rechaça a insinuação de que teria conhecimento de um suposto pedido de R$ 4,5 milhões feito pelo tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, ao representante no Brasil do estaleiro Keppel Fels, Zwi Skornicki, para a campanha da reeleição.

Como esclareceu em diversas ocasiões, é público e notório que o tesoureiro da campanha da reeleição foi o ex-ministro Edinho Silva. Ele é quem tratava da arrecadação para a campanha em 2014. Todas as doações de empresas foram legais e estão na prestação de contas aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A campanha caluniosa de uma parte da imprensa contra a honra da Presidenta Dilma Rousseff não se sustenta porque está baseada em ilações e suposições. Não há provas ou evidências de fraude ou crime eleitoral.

Por último, a Presidenta Dilma Rousseff reafirma que os recursos pagos a João Santana para a campanha da reeleição em 2014 totalizam R$ 70 milhões – R$ 50 milhões no primeiro turno e R$ 20 milhões no segundo turno.

O ataque promovido por setores da imprensa não irá prevalecer. A Presidenta Dilma Rousseff vai vencer a onda de novas calúnias e difamações dirigidas contra a sua honra. A verdade será restabelecida na Justiça.

ASSESSORIA DE IMPRENSA
PRESIDENTA DILMA ROUSSEFF

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