Publicado em 27/03/2019 às 15h36.

Câmara aprova título de cidadão soteropolitano para suspeito de grilagem, diz oposição

Título ao cônsul da Guiné-Bissau no Brasil foi proposto pelo vereador Luiz Carlos (PRB)

Breno Cunha / Rodrigo Aguiar
Foto: Luiza Lopes/bahia.ba
Foto: Luiza Lopes/bahia.ba

 

Em meio à votação de uma série de projetos de indicação, títulos e moções na tarde desta quarta-feira (27), a Câmara de Salvador aprovou, com votos contrários da oposição, a concessão do título de cidadão soteropolitano a Adaílton Maturino dos Santos.

O título ao cônsul da Guiné-Bissau no Brasil foi proposto pelo vereador Luiz Carlos (PRB).

“A gente fez uma pesquisa ampla e essa pessoa tem ligação com grilagem de terra. Acho que Luiz Carlos pode nem saber”, declarou Marcos Mendes (PSOL).

Em dezembro de 2018, uma reportagem do jornal Estado de São Paulo colocou Adailton como suspeito de ser beneficiário de grilagem de terras.

De acordo com a publicação, a empresa JJF Holding de Investimentos e Participações, que tem como sócia a esposa do cônsul, Geciane Souza Maturino dos Santos, é a dona da “Fazenda São José”, localizada no município de Formosa do Rio Preto. Adailton Maturino dos Santos seria o responsável por fazer supostas negociações com produtores rurais que vivem na fazenda.

Durante audiência na Câmara, também em dezembro, os deputados da Comissão de Agricultura afirmaram que José Valter Dias, um dos sócios da JJF, teria adquirido as terras por meio de papéis sem validade, passando a extorquir produtores que se instalaram na região há 30 anos.

Temas: título , cidadão

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