Publicado em 04/10/2016 às 08h42.

Campanha de Rui Costa é alvo da PF por suspeita de caixa 2

Entre os investigados, estão também o PT baiano, o ex-ministro das Cidades e atual conselheiro do TCM, Mário Negromonte (PP), e dirigentes da OAS e da Propeg

Redação
Foto: Manu Dias/ GOVBA
Foto: Manu Dias/ GOVBA

 

A campanha do governador Rui Costa (PT) teria sido beneficiada pelo esquema investigado pela Operação Hidra de Lerna, deflagrada pela Polícia Federal, na manhã desta terça-feira (4), na Bahia. São cumpridos 16 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, Rio de Janeiro e em Salvador – especificamente na sede do PT em Salvador, no bairro do Rio Vermelho, na sede da agência de publicidade Propeg, na Ladeira da Barra, na empreiteira OAS, na Avenida Paralela, no Edifício Mansão Margarida Costa Pinto,, na Vitória, e na casa do ex-ministro das Cidades e atual conselheiro do Tribunal de Contas do Município (TCM), Mário Negromonte, no Alto do Itaigara.

Segundo o jornal O Globo, entre os delatores que apontaram supostas irregularidades na campanha do petista, estão o lobista Benedito Oliveira e a empresária Danielle Fonteles, uma das donas da Pepper, agência que prestou serviços ao PT nas campanhas de 2010 e 2014. Na chamada Operação Hidra de Lerna, a PF investiga dois tipos de fraudes em um contrato de R$ 45 milhões do Ministério das Cidades com a Propeg.

A suspeita é de que a licitação teria sido direcionada para a empresa, que, em troca, prestaria serviços à campanha de Rui Costa. A polícia investiga também se a OAS fez pagamentos a uma empresa de comunicação da campanha do governador, a partir de contratos fictícios de prestação de serviços. Para a polícia, as transações configuram caixa dois.

A PF explica que batizou a operação de Hidra de Lerna porque a investigação é um dos vários desdobramentos da Acrônimo. Iniciada logo depois da campanha eleitoral de 2014, as apurações já resultaram na abertura de, pelo menos, cinco inquéritos contra o governador mineiro Fernando Pimentel. Agora, se desdobra em direção ao Governo da Bahia.

“Tal qual a monstruosa figura da mitologia helênica, que ao ter a cabeça cortada ressurge com duas cabeças, a Operação Acrônimo, ao chegar a um dos líderes de uma organização criminosa, se deparou com uma investigação que se desdobra e exige a abertura de dois novos inquéritos”, diz a nota da PF.

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