Publicado em 18/09/2017 às 08h40.

Cedraz era operador de propina de Negromonte, diz jornal

A informação veio de Pedro Corrêa, ex-deputado, em delação premiada

Redação
Fotos: Divulgação | Montagem: bahia.ba
Fotos: Divulgação | Montagem: bahia.ba

 

Advogado baiano e filho do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Tiago Cedraz seria “operador” financeiro do ex-deputado e atual conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia Mário Negromonte.

A informação veio de Pedro Corrêa, ex-deputado, em delação premiada. O ex-parlamentar assevera que uma das funções de Cedraz era ajudar Negromonte no recolhimento da propina no Ministério das Cidades.

A delação diz ainda que Tiago se aproveitou do cargo do pai no TCU. Segundo Corrêa, Aroldo tinha postos de gasolina no Ceará e na Bahia, “provavelmente em nome de seu filho”, com débitos com a BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobras.

A estatal, por sua vez, tinha um processo de seu interesse no TCU. Assim, disse Corrêa, Aroldo “pediu vista do processo e segurou indefinidamente, a fim de que a BR Distribuidora não executasse os postos de gasolina”. Segundo o delator, quem lhe disse isso foi o ex-diretor internacional da Petrobras Nestor Cerveró quando os dois ficaram presos.

Os depoimentos de Pedro Corrêa foram tomados em 2016, mas o ministro Teori Zavascki, que era relator da Lava-Jato no STF, devolveu o caso à Procuradoria-Geral da República (PGR) sob alegação de falta de provas.

O advogado Carlos Humberto Fauaze Filho, que defende Negromonte, ainda não teve acesso ao depoimento, mas disse não acreditar nas acusações. Segundo ele, “não tem pé nem cabeça” a tentativa de criar uma ligação entre seu cliente e Cedraz.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.