Publicado em 29/11/2016 às 10h06.

Chapecoense, o conto de fadas que virou uma imensa tragédia

O Brasil amanheceu hoje em profunda comoção, mais ainda Chapecó-SC, onde o time da cidade conseguiu o feito inédito de estar na final da Copa Sul-Americana e desapareceu em um acidente aéreo

Levi Vasconcelos

Frase da vez

“Só nos curamos de um sofrimento depois de o haver suportado até ao fim”

Marcel Proust, escritor francês, mais conhecido pela sua obra À la recherche du temps perdu (Em Busca do Tempo Perdido)

Foto: Reprodução Chapecoense
Foto: Divulgação /Chapecoense

 

Em momentos de grandes tragédias não há muito a fazer a não ser esperar a perplexidade passar. O Brasil amanheceu hoje em profunda comoção, mais ainda Chapecó, interior de Santa Catarina, onde o time da cidade virou o xodó coletivo ao conseguir um feito inédito, ir para a final da Copa Sul-Americana, o segundo mais importante torneio de futebol da América do Sul.

Um conto de fadas, como definiu o jornal inglês The Guardian.

Dizer o quê? Falar o quê? Só há uma coisa a falar: é um daqueles dias sem bom dia.

Todos choram, lamentam, ninguém queria, ninguém desejava, não há crime doloso. Apenas um lamentável acidente.

A história do futebol é ponteada por desastres aéreos envolvendo times, desde os primórdios da aviação. Há pelo menos nove registros, todos eles chocantes, não poderia deixar de ser, particularmente para os amantes do esporte.

O primeiro deles, em 1949, quando o Torino, líder do Campeonato Italiano, sucumbiu, após um jogo amistoso contra o Benfica, em Portugal, na volta para casa.

Em 1960, a Dinamarca chorou ao ver sua Seleção Olímpica morrer logo após levantar voo em Copenhague. Em 1961, o Green Cross, do Chile, todo morto; em 1987, o Alianza Lima, do Peru, também.

Mas nenhum foi tão singular como o da Chapecoense. Na sua primeira competição internacional chega à partida final. E na véspera da decisão, o desastre trágico.

Um dia muito triste na história do país do futebol.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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