Publicado em 07/09/2018 às 16h34.

Com atentado, Bolsonaro ganha gás para manter o discurso. E a liderança

Ele, que já não debate nada de nada, ganhou gás para a sua falácia

Levi Vasconcelos

Frase da vez

“Quem quer a guerra está em guerra consigo”

Émile-Auguste Chartier

Foto: Reprodução/Twitter
Foto: Reprodução/Twitter

 

Para o bem ou para o mal, definitivamente Jair Bolsonaro é o cara nas eleições de 2018, um discurso de ódio que conquistou seguidores fixos agora vitaminado pelas facadas lá em Minas. É bom? Ao modo do freguês, sim. Ele, que já não debate nada de nada, ganhou gás para a sua falácia. E em 30 dias a campanha acaba.

2018 está mesmo diferente. Os descalabros revelados pela Lava Jato magoaram a alma brasileira e desse desencanto com os políticos em geral nasceu Bolsonaro, dizendo que se eleito não vai fazer conchavos com partidos para governar e que bandido com ele é na bala.

Claro que atentados como o que ele foi vítima não dá para aceitar. Ironicamente, intolerância é a incivilidade que ele prega. Mas com um partideco, o PSL, apenas 8,30 segundos de tempo de tevê na propaganda, ele resiste nos seus 22%.

Se Bolsonaro não sobe nas pesquisas, também não cai. Na outra banda, o PSDB de Geraldo Alckmin e o PT de Lula, os grandes protagonistas da decepção que produziu Bolsonaro, ressalte-se, um emperrado nas pesquisas e o outro liderando, mas preso.

Fernando Henrique Cardoso diz que o tradicional duelo do PSDB, o partido dele, com o PT, vai ser antecipado para o primeiro turno. Ou seja, dificilmente a dupla passará Bolsonaro. A briga seria pela segunda vaga. As facadas de Minas reforçam a tese.

Seria irônico, Bolsonaro contra Alckmin ou Haddad, veríamos tucanos e petistas votando um no outro.

Lázaro e João Henrique

Até que ponto o atentado contra Bolsonaro pode influenciar na Bahia?

Até agora, os únicos políticos baianos disputando mandato são João Henrique, candidato ao governo pelo PRTB, e Irmão Lázaro (PSC), candidato ao Senado na chapa de Zé Ronaldo.

Os políticos baianos em geral condenaram o ataque, e João Henrique também. Antes, ele dizia: ‘Estou intuindo que vai dar Bolsonaro e João Henrique’.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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