Publicado em 25/04/2018 às 11h05.

Com medo do naufrágio, deputados querem unir Ronaldo e Gualberto já

Nos tempos de Neto, a oposição, que tinha 21 deputados, acalentava a expectativa de eleger entre 24 e 27

Levi Vasconcelos

Frase da vez

“As desavenças não durariam muito se o erro fosse só de uma das partes”
François de La Rochefoucauld, príncipe francês (1613-1680)

Foto: Haroldo Abrantes/ GOVBA
Foto: Haroldo Abrantes/ GOVBA

 

A revoada de prefeitos da oposição para a base de Rui Costa acendeu o sinal amarelo entre os deputados estaduais da oposição: eles, do DEM e do PSDB, defendem a necessidade urgente da união entre os governadoráveis dos dois partidos, respectivamente, Zé Ronaldo e João Gualberto, como forma de mitigar o estrago.

Nos tempos de Neto, a oposição, que tinha 21 deputados, acalentava a expectativa de eleger entre 24 e 27. Antes de fechar as janelas que permitiam a mudança de partido perdeu um, Samuel Jr., que trocou o PSC pelo PDT e hoje corre atrás do prejuízo para tentar manter pelo menos os 20.

Um deles confidenciou nesta terça-feira que a questão já não é mais de estratégia, é de sobrevivência pura e simples.

Na banda governista, ao contrário, a expectativa é de que Rui Costa e aliados vão eleger entre 46 e 48 deputados, ampliando a base que hoje é de 42 e definhando ainda mais a oposição.

Samuel se diz bem

Quem diz ter se livrado dessa enrascada é o deputado Samuel Jr., que assumiu em 2017 depois que Vando (PSC) se elegeu prefeito de Monte Santo.

Evangélico da Assembleia de Deus, ele diz que nunca foi oposição. “Apesar de estar em um partido de oposição, nunca me senti oposição”, disse.

De quebra, se livrou das turbulências que os antigos colegas oposicionistas estão enfrentando hoje.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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