Publicado em 12/01/2018 às 13h41.

‘Tem que barrar’, diz coordenador do Carnaval sobre gritos políticos

Paulo Leal afirmou que "em algum momento" as manifestações terão de cessar: "Nada com rigidez e deixar o povo seguir com suas opções"

João Brandão
Foto: Enaldo Pinto/ Ag. Haack
Foto: Enaldo Pinto/ Ag. Haack

 

O coordenador-executivo do Carnaval de Salvador e presidente dos trios elétricos independentes, Paulo Leal, afirmou que as manifestações políticas na folia momesca “não são aceitáveis” na regra do conselho municipal da festa (Comcar).

“Tem casos que a gente não pode evitar. O povo hoje sabe o que quer. Sabe o que está vendo. É uma questão que tem que barrar em algum momento, mas nada com rigidez e deixar o povo seguir com suas opções”, afirmou, ao bahia.ba, nesta sexta-feira (12), durante lançamento das novidades do carnaval pela prefeitura.

No ano passado, o presidente do Comcar, Pedro Costa, reagiu com indignação ao grito de “Fora Temer” entoado pelo líder da BaianaSystem, Russo Passapusso, durante passagem da banda no Furdunço, na Barra. “Não é permitida manifestação política. Foi contra, mas poderia ser a favor. Quer fazer manifestação? Saia na Mudança do Garcia”, disparou, à época.

La Fúria – Questionado sobre a contratação para a folia desta ano, por parte do Executivo municipal, da banda La Fúria, que culminou em uma morte no circuito Dodô durante apresentação do grupo em 2017, Leal culpou um empresário que, segundo ele, mudou em cima da hora a atração.

“Você veja: se ele [ACM Neto] anunciou, está anunciada. Então, se está anunciada, há um planejamento de segurança. O que ocorreu ano passado foi que certo empresário divulgou uma banda e colocou a La Fúria sem planejamento policial. Essas coisas nós estamos policiando que não vão mais acontecer”, justificou.

Ainda de acordo com ele, se ocorrer uma mudança de atração em cima da hora, o Comcar não vai deixar sair. “Vamos multar e penalizar”, disse.

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