Publicado em 15/12/2016 às 12h13.

Comissão de Ética censura publicamente Geddel por episódio do La Vue

Repreensão serve apenas como advertência aos governantes; decisão não tem nenhum efeito prático sobre a carreira do peemedebista

Redação
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil.
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil.

 

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República aprovou por unanimidade nesta quinta-feira (15) uma “censura pública” ao ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima (PMBD) por causa do episódio no qual ele pressionou o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero para liberar a abra do edifício La Vue, na Ladeira da Barra, área nobre de Salvador, onde possui um apartamento.

Até então considerado um dos homens fortes do presidente Michel Temer, o peemedebista pediu demissão devido à repercussão política do caso, que chegou ao gabinete presidencial. A censura ética é uma repreensão pública da conduta de um servidor ou ex-servidor público. A medida funciona como uma mancha no currículo do funcionário público. Porém, não tem nenhum efeito prático na carreira do ex-ministro.

Conforme o colegiado, a repreensão serve apenas como uma advertência aos governantes de que houve uma situação de conflito de interesses no período em que Geddel exerceu uma atividade na administração pública.

O parecer do relator do caso, Marcelo Figueiredo, concluiu que Geddel violou o Código de Conduta da Alta Administração Federal ao se utilizar do cargo para defender interesses privados. O relator ponderou em seu voto que o ex-titular da articulação política não respeitou as regras nem o decoro exigido de um ministro.

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