Confira os pré-candidatos já declarados à Presidência da República
O registro oficial é somente em agosto, mas pelo menos 14 políticos já anunciaram intenção em lançar candidatura
Faltando seis meses para a liberação oficial do registro de candidatos à Presidência da República, pelo menos 14 políticos já declararam que vão lançar suas candidaturas. Muitos outros já se colocaram à disposição dos partidos, mas ainda não viraram pré-candidatos. Confira os interessados em suceder o então presidente Michel Temer.
Alvaro Dias (Podemos): senador durante quatro mandados, foi governador do Paraná de 1987 a 1991. Começou sua carreira política no PMDB, passou pelo PST e PP, até se aliar ao PSDB em 1994, partido do qual foi expulso em 2001, acusado de agir contra orientações da legenda, mas retornou dois anos depois. Em 2016, entrou para o PV. Alvaro anunciou sua pré-candidatura à Presidência em novembro do ano passado, durante evento do Podemos, no Rio de Janeiro.
Arthur Virgílio Neto e Geraldo Alckmin (PSDB): o primeiro é o atual prefeito de Manaus e iniciou a vida política ainda na juventude. Se elegeu deputado federal pela primeira vez em 1982, pelo PMDB. Seis anos depois, já no PSB, foi eleito prefeito de Manaus. No ano seguinte filiou-se ao PSDB, legenda que ajudou a fundar. Foi eleito novamente deputado nos anos de 1994 e 1998. No governo de Fernando Henrique Cardoso, ocupou o cargo de ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência. Foi eleito senador no ano de 2002. Dez anos depois, em 2012, foi mais uma vez prefeito de Manaus, sendo reeleito em 2016. O anúncio para lançar a candidatura saiu em outubro do ano passado, quando enviou carta ao PSDB declarando a intenção de disputar com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, a indicação para ser pré-candidato do partido.
Já o político Geraldo Alckmin, médico de formação, começou a jornada política na cidade de Pindamonhagaba, em São Paulo, onde se elegeu vereador em 1973. Foi prefeito da cidade, além de deputado estadual e federal pelo estado paulista. Aliado ao PMDB, deixou a sigla para fundar o PSDB. Após a morte do governador Mário Covas, em 2001, assumiu a gestão. Foi reeleito em 2002. Quatro anos depois, disputou a Presidência e perdeu para o então presidente Lula. Voltou para disputar o governo de São Paulo em 2010, ganhou e foi reeleito na eleição seguinte. Em dezembro do ano passado, assumiu o partido PSDB e anunciou sua pré-candidatura à Presidência da República.
Ciro Gomes (PDT): é vice-presidente do PDT e já se filiou aos partidos PDS, PMDB, PSDB, PPS, PSB e PROS. Foi governador, deputado estadual e federal do Ceará, além de prefeito de Fortaleza. Atuou como ministro da Fazenda entre setembro de 1994 e janeiro de 1995, durante o final do governo de Itamar Franco e o início do de Fernando Henrique Cardoso. Também foi ministro da Integração Nacional, de 2003 a 2006, no primeiro mandato do governo Luiz Inácio Lula da Silva.
Cristovam Buarque (PPS): foi governador do Distrito Federal entre os anos de 1995 e 1999, além de ministro da Educação durante o primeiro mandato de Lula, entre 2003 e 2004. Antes de entrar no PPS, passou pelo PT e PDT. Está exercendo seu segundo mandato de senador.
Eymael (PSDC): deputado federal constituinte, exerceu dois mandatos na Câmara, entre 1987 e 1995. Tentou quatro vezes a Presidência da República, mas foi derrotado em todas. Também disputou a prefeitura de São Paulo, ficando em 11º lugar, com pouco mais de 5 mil votos. É o atual presidente do PSDC, legenda na qual está desde 1962.
Fernando Collor (PTC): se tornou o primeiro presidente eleito pelo voto direto após a ditadura militar, porém sofreu impeachment e deixou o cargo em 1992. Foi prefeito de Maceió entre os anos de 1979 e 1982, deputado federal e governador de Alagoas, entre 1982 e 1989. Collor anunciou sua pré-candidatura em 19 de janeiro deste ano, durante Arapiraca, em Alagoas.
Jair Bolsonaro (PSL): é militar e cumpre o sétimo mandato consecutivo como deputado federal. Em 5 de janeiro, anunciou filiação ao PSL e pré-candidatura a presidente pelo partido, nona legenda à qual se filiou. É réu em ação penal no Supremo Tribunal Federal por suposta prática de apologia ao crime de estupro e por injúria. Em 2014, ele afirmou que não estuprava a deputada Maria do Rosário (PT-RS) porque ela “não merece”. Em razão do episódio, o Supremo Tribunal Federal abriu em 2016 ação penal contra o deputado. A defesa argumentou que ele tem imunidade parlamentar e não incentivou outras pessoas a estuprar.
João Amoêdo (Novo): ajudou a fundar o Partido Novo, em 2011. Presidiu até julho do ano passado, quando deixou o cargo para anunciar a pré-candidatura ao Palácio do Planalto. É formado em Engenharia Civil e Administração, tendo como maior parte da sua atuação profissional em instituições financeira.
Levy Fidelix (PRTB): Trabalhou na campanha de Fernando Collor ao Palácio do Planalto, em 1989. Concorreu à Presidência da República em três eleições (1994, 2010 e 2014), mas nunca conseguiu chegar ao segundo turno. Também disputou as eleições para deputado federal em São Paulo, vereador e prefeito, mas não conseguiu se eleger. Lançou sua pré-candidatura em meados de novembro do ano passado.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT): fundou o PT em 1980 e foi o primeiro presidente da legenda. Assumiu a Presidência da República durante dois mandatos consecutivos, entre 2003 e 2010, conseguindo eleger sua sucessora, a ex-ministra Dilma Rousseff, que também foi reeleita, mas sofreu impeachment logo após assumir o segundo mandato. Em julho do ano passado foi acusado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, sendo condenado, pelo juiz Sérgio Moro, a 9 anos e 6 meses de prisão.
Manuela D’Ávila (PC do B): jornalista, Manuela D’Ávila iniciou a carreira política no movimento estudantil. Foi vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) em 2003. Em 2004, se elegeu vereadora em Porto Alegre. Dois anos depois, em 2006, foi eleita deputada federal, reeleita em 2010. Desde 2015, é deputada estadual no Rio Grande do Sul. A pré-candidatura à Presidência da República foi anunciada em 5 de novembro de 2017 pelo PC do B.
Marina Silva (Rede): foi deputada estadual no Acre (1991-1994) e senadora pelo mesmo estado por dois mandatos (1995 a 2010). Ela se licenciou do Senado de 2003 a 2008, quando ocupou o cargo de ministra do Meio Ambiente no governo Luiz Inácio Lula da Silva. Filiada ao PT desde 1986, deixou a legenda em 2009 para se filiar ao PV, partido pelo qual concorreu à Presidência em 2010, mas não conseguiu chegar ao segundo turno. Em 2014, se candidatou novamente, desta vez pelo PSB. À época, era vice na chapa encabeçada por Eduardo Campos, mas assumiu a candidatura após a morte dele em um acidente aéreo. Ficou em terceiro lugar. Anunciou pré-candidatura à Presidência em 2 de dezembro de 2017 durante encontro do partido Rede, do qual é fundadora.
Valéria Monteiro (PMN): jornalista e ex-apresentadora do Jornal Nacional e do Fantástico nos anos 1990, Valéria Monteiro se filiou ao PMN em 12 de janeiro, em ato na Câmara Municipal de São Paulo. É dona de uma produtora. Em setembro, quando ainda não estava filiada a partido político, anunciou que pretendia disputar a Presidência da República.
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