Publicado em 14/07/2017 às 16h08.

‘Contrário’ a Neto, petista se ausenta de votações de interesse do prefeito

Vereador Moisés Rocha não participou de metade das apreciações de projetos do Executivo no primeiro semestre

Rodrigo Daniel Silva
Foto: Antonio Queirós/Ascom/CMS
Foto: Antonio Queirós/Ascom/CMS

 

Apesar de ser alvo de um pedido de expulsão no PT por apoiar um candidato do prefeito ACM Neto (DEM) na disputa pela presidência da Câmara de Salvador, o vereador Moisés Rocha mantém uma postura de interesse do chefe do Palácio Thomé de Souza.

Levantamento feito pelo bahia.ba aponta que das oito votações de projetos do Executivo municipal no primeiro semestre deste ano, o petista se ausentou de três (Reda, Revitalizar e conselho tutelar) e em uma se absteve (Lei de Diretrizes Orçamentária), sob a alegação de que não leu a proposta. Em uma apreciação, decidiu acompanhar a bancada governista (desafetação) e em três seguiu o seu grupo (Fundo Municipal da Previdência, Código Tributário e Abono/Reda).

Na votação da mudança no Código Tributário, embora tenha declarado voto contra, a ata da votação mostra que Rocha não seguiu a minoria.

Para a líder do PT na Câmara, Marta Rodrigues, o vereador deve se decidir de que lado quer ficar. “Nossa bancada de oposição, apesar de pequena, é qualificada e nós não podemos perder nenhum dos membros. Precisamos discutir com ele. […] É importante ele dizer à bancada o que quer, porque a nossa é de oposição. Quem está cá, tem votar coeso e unido”, disse, em entrevista ao bahia.ba.

Segundo Gilmar Santiago, que será empossado presidente municipal do PT na segunda-feira (17), “não está em discussão” um novo pedido de expulsão contra Moisés Rocha, mas a bancada do partido será chamada para “dialogar” sobre a atuação do correligionário no Legislativo municipal.

Ao bahia.ba, o presidente estadual da sigla, Everaldo Anunciação, disse que “em tese, não tem problema” o fato de o vereador se ausentar das votações, no entanto, fez questão de frisar que os membros do PT não podem ter “nenhuma afinidade com o prefeito”.

De acordo com ele, o processo disciplinar contra Moisés Rocha está “paralisado”, pois aguarda a decisão do diretório nacional, após haver um empate na estadual sobre se mantém ou expulsa o legislador.

O curioso é que o vereador é muito ligado ao líder do governo e ex-petista Henrique Carballal (PV), o qual classifica como um dos “poucos amigos que tem na política”.

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