Publicado em 22/12/2017 às 12h20.

Coordenador de Bolsonaro no Nordeste é acusado de agredir mulheres

Julian Lemos foi indiciado três vezes pela Lei Maria da Penha por supostas agressões à irmã e à ex-mulher. Ele é presidente do partido Patriota na Paraíba

Redação
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O novo coordenador político de Jair Bolsonaro (PSC-RJ) no Nordeste, Julian Lemos, já foi acusado três vezes por agressões à ex-mulher e à irmã, entre 2013 e 2016. Em uma das ocasiões, ele foi preso em flagrante, de acordo a Folha de S.Paulo.

Lemos é presidente do partido Patriota na Paraíba, sigla à qual Bolsonaro pode se filiar para lançar a sua candidatura à Presidência em 2018. Os dois já apareceram em diversas fotos e vídeos juntos.

Em um dos vídeos, Bolsonaro chama o dirigente de “meu homem de confiança” e o apresenta como o seu coordenador político. Lemos diz ser consultor de segurança e afirma ter conhecido o deputado quando fez sua escolta em uma visita à Paraíba.

Os dois inquéritos de agressão à ex-mulher foram arquivados. Ravena Coura alegou posteriormente ter se “exaltado nas palavras” e ter dito “além do ocorrido”. Em 2013, ela relatou ter sido agredida e ameaçada com uma arma de fogo, e Lemos foi preso em flagrante.

Três anos depois, ela fez outra denúncia, e segundo relatos dos policiais, disse que Lemos era “uma pessoa muito violenta” e a ameaçou dizendo “vou acabar com você”.

Seis meses depois, os advogados de defesa do dirigente partidário entregaram um documento à Justiça, no qual a ex-mulher afirma que tudo não passou de uma “desavença banal” e que Lemos é “um homem íntegro, honesto”.

A sua irmã, Kamila Lemos, por sua vez, diz que foi ofendida, empurrada e agredida com “murros” enquanto tentava “apaziguar” uma briga do casal, também em 2016. Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou as escoriações.

Praticamente um ano depois do episódio, novamente os advogados de defesa agiram e apresentaram uma carta de retratação da irmã, alegando que o caso teria sido resolvido pelas partes. No entanto, a Justiça ainda quer ouvir Kamila em audiência, o que ainda não aconteceu por ela morar na Argentina.

Lemos nega todas as acusações de agressão e diz que os relatos foram motivados por “momentos de fragilidade emocional” dos familiares.

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