Publicado em 25/03/2019 às 11h20.

Coronel diz que, mesmo rejeitado, projeto sobre cotas femininas ‘não está morto’

Criticada por parlamentares da própria base do senador, matéria revoga lei que reserva 30% das candidaturas às mulheres

Alexandre Santos
Foto: Matheus Morais/bahia.ba
Foto: Matheus Morais/bahia.ba

 

Rejeitado na Comissão de Constituição, Justiça (CCJ) do Senado, o projeto que extingue o percentual mínimo de vagas para candidaturas femininas não está morto, afirma Angelo Coronel (PSD), autor da proposta.

Na última quinta-feira (14), o senador Fabiano Contarato (Rede) rejeitou do texto do parlamentar baiano. Para voltar a tramitar na Casa, o voto de Contarato precisará ser derrubado. A legislação atual obriga partidos a destinar ao menos 30% das vagas e dos recursos para mulheres.

“O relator deu voto contrário, mas não significa que com isso o projeto está morto Ainda vai ser votado na comissão e, depois da comissão, ainda vai a plenário. Ainda tem muito água a rolar”, declarou Coronel ao bahia.ba na manhã desta segunda (25), em evento ao lado do governador Rui Costa (PT), no Parque de Exposições de Salvador.

Alvo de críticas feitas por parte de parlamentares de sua própria base, o ex-presidente da Assembleia Legislativa defende-se ao afirmar querer evitar candidaturas laranjas —prática utilizada pelo PSL nas últimas eleições, segundo revelou o jornal Folha de São Paulo.

“O que eu não quero é que essa prática de laranja fique institucionalizada. Não sou contra as mulheres. Muito pelo contrário. Acho que as mulheres devem ter mais 30%, ter 40%, ter 50%… Agora, por liberdade, não por imposição”, disse.

 

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