Publicado em 22/03/2017 às 13h07.

Correios suspende férias de funcionários até 2018

Medida faz parte do contingenciamento da estatal; Diretoria, porém, não passou por cortes e faz viagens internacionais

Redação
Correios (Foto Marcello Casal Jr./Agencia Brasil)
Correios (Foto Marcello Casal Jr./Agencia Brasil)

 

Em nota divulgada nesta terça-feira (21), os funcionários dos Correios de todo o país foram informados de medidas de austeridade adotadas pela instituição. Com o título “Contingenciamento de despesas”, o texto anuncia que a concessão de férias aos trabalhadores está suspensa até abril de 2018.

Além disso, a estatal informa que não pretende mais convocar funcionários para fazer horas-extras. O motivo seriam as dívidas, que se aproximam de R$ 4 bilhões, acumuladas durante os últimos dois anos.

Enquanto isso, no entanto, presidente do órgão, Guilherme Campos, autorizou uma caravana de vice-presidentes e assessores dos Correios para o exterior, com tudo pago pela estatal. O grupo liderado pelos vice-presidentes Paulo Cordeiro e Eugênio Walter Montenegro Cerqueira passará por quatro países entre 17 e 26 de março.

Leia o comunicado na íntegra:

“Contingenciamento de despesas

Diante da situação financeira dos Correios, que é marcada por dois anos com prejuízo acumulado em cerca de R$ 4 bilhões e custos maiores que as receitas, a Diretoria-Executiva da empresa colocará em prática algumas medidas de contingenciamento de despesas na área de pessoal.

A concessão de férias será suspensa de maio deste ano até abril de 2018. Só poderá usufruir férias quem estiver com o período concessivo vencido. Isso significa que o trabalhador deverá, necessariamente, sair de férias no mês anterior ao do vencimento do seu período concessivo. Membros de uma mesma família que já tenham seu período marcado poderão sair de férias, no caso em que uma das pessoas envolvidas possua período concessivo em vencimento.

Ainda com o objetivo de recuperar a empresa, a diretoria suspendeu a convocação de empregados com pagamento de horas extras para efetuar jornadas de trabalho em dias de repouso trabalhado ou que não tenham jornada regular em fins de semana, além da revisão/supressão de contratos de mão de obra temporária (MOT).

A área de gestão de pessoas emitirá orientações adicionais para o cumprimento destas medidas.

A situação financeira dos Correios exige ações imediatas para reerguer a empresa.”

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