Publicado em 18/05/2016 às 19h15.

Corte da Itaipava na Arena abre espaço para novos patrocinadores

O novo contrato reduz os investimentos da marca para R$ 3 milhões no estádio mas permite que o consórcio que administra o espaço negocie com outras marcas

Redação

Arena Fonte Nova | Foto: Elói Corrêa/GOVBA

A Fonte Nova Negócios e Participações (FNP), consórcio formado pelas construtoras Odebrecht e OAS, confirmou por meio de nota à imprensa, na tarde desta quarta-feira (18), que o novo contrato com a cervejaria Petrópolis, dona da marca Itaipava, foi revisto e estabeleceu uma nova cota mínima anual de investimento de R$ 3 milhões ao ano, valor inferior ao compromisso inicial de R$ 76,4 milhões previstos até 2023, além de abrir precedente para parcerias com novos patrocinadores.

Segundo o comunicado, o atual relacionamento com a marca permite, inclusive, a comercialização de namin rights, concessão dos direitos do nome, em áreas internas do estádio. O consórcio citou, por exemplo, que a Coca-Cola passou a assinar em 2016 o Lounge Premium, área vip com o ingresso mais caro do estádio, graças à flexibilização do relacionamento com a Petrópolis. De acordo com a FNP, embora a queda nos repasses represente um desafio, a Fonte Nova já reduziu em 22% os prejuízos operacionais entre 2014 e 2015.

O consórcio pretende ampliar a captação de recursos com a realização de eventos de entretenimento, além do futebol, como alternativa para retomar o projeto inicial de espaço multiuso. Além da queda nos investimentos da principal mantenedora, a Arena corre o risco de perder parte de outra fonte de renda importante para a manutenção do equipamento: os R$ 12,3 milhões repassados mensalmente pelo governo baiano.

Em abril, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) julgou ilegal o modelo de Parceria Público Privada (PPP) estabelecido entre a gestão estadual e a FNP. A Corte deu um prazo de 120 dias para o governo apresentar um estudo de readequação econômico-financeira, o que ainda não foi cumprido.