Publicado em 27/04/2016 às 06h21.

Cotado para Justiça de Temer diz que PF não deve focar só em corrupção

Em janeiro, Mariz fez parte do grupo de advogados que assinou manifesto crítico à operação Lava Jato

Redação
(Foto: Divulgação / Esporte Clube Pinheiros)
(Foto: Divulgação / Esporte Clube Pinheiros)

 

O favorito para ser ministro da Justiça do eventual governo de Michel Temer (PMDB), o advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, confirmou a sondagem do vice-presidente para ocupar o cargo, criticou a delação premiada e disse que a Polícia Federal deve ter outros focos além do combate à corrupção.

Em janeiro, o jurista fez parte do grupo que assinou um manifesto crítico à operação Lava Jato. “O que eu, ministro, posso fazer com a Lava Jato? Ligar para [o juiz] Sergio Moro e dizer: ‘Olha, não faça isso, não faça aquilo’? Ele me dá voz de prisão em flagrante. Sou contra a delação nesses termos e, especialmente, a delação do preso. Quem está detido não tem vontade, a vontade é sair da cadeia. A lei fala efetividade e voluntariedade [do acusado]”, disse.

Se ocupar a pasta, Mariz defenderá que a PF, subordinada ao ministério, tenha outras prioridades além do combate à corrupção. “A PF precisa ter outros focos paralelos à corrupção. O crime organizado está tomando conta do país e as polícias estaduais não dão conta”, contou.

Criminalista há 40 anos, ele foi secretário de Justiça e da Segurança Pública nos anos 1990 (governo Orestes Quércia) e presidente da OAB-SP.

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