Publicado em 07/07/2019 às 18h35.

Datafolha: 58% acham conversas de Moro com procuradores inadequadas

Outros 31% aprovam a conduta do agora ministro da Justiça; 11% não souberam avaliar

Redação
Foto: Reprodução/Twitter
Foto: Reprodução/Twitter

 

Pesquisa Datafolha realizada entre os dias 4 e 5 de julho aponta que 58% dos entrevistados consideram inadequadas as conversas entre o então juiz da Operação Lava Jato em primeira instância, Sergio Moro, e os procuradores do Ministério Público Federal em Curitiba responsáveis pela investigação. Outros 31% aprovam a conduta do agora ministro da Justiça e 11% não souberam avaliar.

Os diálogos começaram a ser divulgados pelo site The Intercept no dia 9 de junho e colocaram em questão a imparcialidade de Moro enquanto magistrado. As reportagens sugerem que o ministro atuou como chefe da acusação, indicando ações e testemunhas para os procuradores do MPF. Sérgio Moro já compareceu à Câmara e ao Senado para explicar os diálogos que tinham por aplicativos de mensagens instantâneas com Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato. O ministro se defende levantando a suspeita de que as mensagens podem ter sido adulteradas e forjadas, mas também afirma que não há irregularidades na conduta demonstrada pelas reportagens.

A pesquisa foi divulgada neste sábado (06) e ouviu 2.086 pessoas em 130 municípios de todo o Brasil. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e nível de confiança de 95%.

O maior índice de reprovação da conduta de Sérgio Moro é registrado entre os jovens na faixa etária de 16 a 24 anos, 73% avaliam as conversas publicadas pela imprensa como inadequadas. Nas faixas etárias que vão dos 25 aos 44 anos, a reprovação é de 62%, enquanto o número entre as pessoas de 45 a 59 anos é de 50%. 44% dos entrevistados com mais de 60 anos acham a conduta inadequada.

Também para 58% dos ouvidos, as sentenças dadas por Moro devem ser revistas caso as irregularidades sugeridas pelas conversas vazadas sejam comprovadas. Para 30%, o ganho com o combate à corrupção compensa possíveis excessos cometidos.

A aprovação do ministro foi medida pela pesquisa e caiu de 59% em abril deste ano para para 52%, conforme registrado nas entrevistas realizadas na última semana.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.