Publicado em 19/11/2015 às 08h27.

De Ponta a Ponta: Ilhéus

Na terra de Gabriela, chove Candidatos. E Jabes adora

Elieser Cesar

Em Ilhéus, a terra de Gabriela, o prefeito Jabes Ribeiro (PP), candidato à reeleição, pilota uma administração muito criticada, e admite:

– Eu peguei uma prefeitura muito esculhambada. Só a partir deste ano conseguimos dar alguma arrumação para o povo perceber.

E por aí ele quer colocar no caldeirão eleitoral muito mais ingredientes do que o cravo e a canela. Como lá não tem dois turnos, Jabes torce pelo maior número possível de candidatos. E pré-candidatos é o que não falta em Ilhéus.

Vejamos: só o PSB tem três, o deputado federal Bebeto Galvão, o ex-presidente da Câmara, Jailson Nascimento e Vivaldo Mendonça, o Vivaldo da Car.

O PT tem Carmelita Ângela, o PSD vai, por enquanto, com  Mário Alexandre, o Marão, filho da deputada Ãngela Souza,  o PTB com o historiador Zé Nassau, o PSDB com  Paulo Ganen, o PDT com o vereador Cosme Araújo, o DEM com João Gomes, o PSC com o vereador Gurita e o  PEN com Diran. Fala-se ainda numa possível candidatura do deputado estadual Pedro Tavares (PMDB), mas o parlamentar nega a intenção de se candidatar e garante que apenas está participando das discussões para derrotar Jabes.

A rigor, há somente três grupos políticos fortes no município, o de Jabes, o de Bebeto e o de Ângela Souza. Os demais são alternativos que correm por fora, como uma zebra na savana da pré-campanha eleitoral.

Os grupos de Bebeto  e Ângela já teriam feito um pacto de união contra o  prefeito e pretendem atrair para o arco de aliança os demais pré-candidatos. Com cerca de 27 mil votos em Ilhéus, dos 96.127 que recebeu em 2014 na eleição para deputado federal, o socialista Bebeto Galvão desponta como o favorito em todas as pesquisas para consumo interno dos partidos políticos  e o nome mais forte para unir as oposições.

Ligado ao Sindicato da Indústria Pesada, Bebeto tem um probleminha. Os potenciais financiadores da campanha dele desceram pelo ralo com a Lava Jato, sem contar que em 2016 está proibida a doação empresarial de campanha.

Um observador local lembrou que, mesmo criticado pela gestão, Jabes  sempre larga com 30%. Seu grande desafio é ampliar esse percentual. “Jabes é prefeito pela quarta vez, o que causa um desgaste natural, ampliado pela insatisfação do funcionalismo público, por problemas nas áreas de saúde e educação, e pela  fragilidade estrutural de município coberto por encostas. Tudo isso gera um cansaço na população e uma ânsia pelo novo”, diz o mesmo observador.

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