Publicado em 14/12/2016 às 12h21.

Delação da Odebrecht: assessor da Presidência pede demissão

José Yunes é amigo pessoal de Michel Temer e a primeira baixa do governo após a delação de executivos da empreiteira baiana

Rebeca Bastos
Foto: Felipe Rau/ Estadão Conteúdo
Foto: Felipe Rau/ Estadão Conteúdo

 

O assessor especial da Presidência José Yunes pediu demissão do cargo na manhã desta quarta-feira (12). Esta é a primeira baixa do governo de Michel Temer (PMDB) após a delação de executivos da Odebrecht. Além de funcionário do Palácio do Planalto, ele também é amigo pessoal do presidente e de muitos peemedebistas que compõem o núcleo duro da gestão.

De acordo com o depoimento do ex-vice-presidente de Relações Institucionais da construtora, Cláudio Melo Filho, Yunes recebeu R$ 4 milhões de um repasse de R$ 10 milhões que Temer teria negociado com o ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht, em uma reunião no Palácio do Jaburu, em maio de 2014, dois meses depois do início da Operação Lava-Jato.

O dinheiro seria fruto de uma propina paga em espécie durante a campanha eleitoral de 2014, quando ele era tesoureiro do PMDB em São Paulo. Yunes foi parlamentar estadual na Assembleia Legislativa paulista duas vezes e deputado federal constituinte junto com Temer, em 1988.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.