Publicado em 12/02/2017 às 13h00.

Delatores da Odebrecht têm penas mais duras da Lava Jato

As punições mais severas da operação foram reservadas a executivos e ex-executivos da empreiteira baiana

Redação
Odebrecht (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação

 

Executivos e ex-executivos da Odebrecht que firmaram acordos de delação premiada no âmbito da Lava Jato terão as penas mais longas da operação, se comparadas com as punições determinadas a outros envolvidos no esquema de corrupção, informa a Folha de S. Paulo.

A punição maior ficou com Marcelo Odebrecht, ex-presidente do grupo, com uma pena prevista de dez anos, dos quais dois anos e meio em regime fechado.

A título de comparação, Otávio Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez, por exemplo, cumprirá 3 anos e 10 meses – um ano de prisão domiciliar, 10 meses de regime semiaberto, no qual pode sair de dia, mas tem de ficar em sua residência entre 22h e 6h, e dois anos de regime aberto, no qual fica livre, mas tem de prestar 20 horas de serviços sociais por semana.

O padrão se repete com outros funcionários da Odebrecht. Márcio Faria, ex-diretor de Plantas Industriais, acertou uma pena de nove anos, entre prisão domiciliar, regime semiaberto e aberto.

Alexandrino Alencar, que dirigiu a Odebrecht Infraestrutura e viajava com o ex-presidente Lula para a África em busca de novos negócios para a construtora, terá que cumprir uma pena de sete anos e meio, assim como Benedicto Junior, que presidiu a construtora.

Delatores mais antigos da operação já tiveram vida mais fácil. É o caso, por exemplo, de Paulo Roberto Costa.

Após receber uma propina de US$ 23 milhões, o ex-diretor da Petrobras cumpriu somente um ano de prisão domiciliar.

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