Publicado em 07/12/2015 às 18h47.

Deputados federais baianos divergem sobre Comissão de Impeachment

A sessão desta segunda-feira (7), quando iria ocorrer a votação dos indicados pelos partidos políticos, foi adiada para terça-feira (8)

Hieros Vasconcelos

Prevista para ocorrer nesta segunda-feira (7) no plenário da Câmara de Deputados,  a sessão onde ocorreria a votação das indicações dos partidos para integrar a Comissão Especial de Impeachment caiu por desentendimento entre membros da oposição e da base aliada.  A sessão foi cancelada pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e remarcada para esta terça (8).

Dos 65 deputados que integrarão o colegiado, sete são baianos, sendo cinco deles indicados como titulares e dois como suplentes. Entre os titulares estão Bebeto (PSB), João Carlos Bacelar (PTN), Uldurico Júnior (PTC), Arthur maia (SD), e Paulo Magalhães (PSD). Já os suplentes são os petistas Valmir Assunção e Afonso Florence.

Oposicionistas alegam que o governo federal tem realizado negociações para beneficiar aqueles parlamentares que votarem contra o impeachment, formando, na visão deles, uma comissão chapa branca.  O parlamentar Lúcio Vieira Lima chegou a afirmar em seu Twitter que o governo federal tem feito ofertas. “Promoção na Câmara, ministério, cargos e liberação de recursos em ministérios para quem mudar o voto e votar contra o Impeachment”, reclamou.

Ao bahia.ba, o petista Afonso Florence afirmou que o presidente da Câmara, “em mais uma manobra”, tenta criar uma chapa avulsa desrespeitando o regimento interno. Segundo ele, Cunha quer impor uma chapa alternativa  que dispute com a outra onde estarão os indicados pelos líderes partidários. “A intenção dele é montar uma chapa com o pessoal dele para disputar as indicações do líder do PMDB, que tentaram destituir semana passada. Então não sabemos como ficará a votação”, disse Florence.

Ainda conforme o petista, o regimento da Casa não permite a medida que o peemedebista quer adotar. “Com esse novo fato, corre o risco de te rum desrespeito a uma resolução expressa que é regimental, que é a representação proporcional de bancadas partidárias.  Cunha está fazendo de tudo para postergar o processo de impeachment, enquanto o governo que acelerar. Ele quer  manter a crise, agravando a crise econômica e criando um ambiente de instabilidade”, disse.

“Chapa branca” – Questionado pelo bahia.ba sobre a chapa alternativa, o democrata José Carlos Aleluia criticou a postura de alguns líderes que estão colaborando para a criação de uma comissão favorável à permanência de Dilma. Segundo Aleluia, a chapa alternativa é uma saída encontrada pela oposição e nada tem a ver com articulações de Cunha ou seus aliados.

“Cunha não tem nada a ver com essa chapa alternativa. Quem a está criando são os dissidentes do governo. A base sabe que não vai ser aprovada uma comissão chapa branca”, destacou.

Bebeto – Para o parlamentar do PSB, Bebeto, um dos indicados para compôr o colegiado, o momento é delicado para o País e os membros da Comissão precisarão ter muita responsabilidade. “O nosso partido deve se reunir nos próximos dias para debater sobre o tema e a partir daí iniciaremos mais aprofundadamente as discussões sobre o pedido de impeachment, por enquanto vamos aguardar a reunião da Executiva nacional com a bancada do PSB, que deve acontecer na próxima quarta-feira para, depois definir os caminhos”, declara Bebeto.

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