Publicado em 23/01/2018 às 16h20.

Dilma defende Lula em véspera de julgamento: ‘Não é um radical’

Ex-presidente acompanhará o julgamento ao lado de seu antecessor e negou plano B de partido: "Ter plano B quando se trata de um inocente é uma covardia"

Redação

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou nesta terça-feira (23), durante manifestação em frente à Assembleia Legislativa do Rio Grande Do Sul, que o seu antecessor e colega de partido, Luiz Inácio Lula da Silva, não é “um radical” e negou mais uma vez que a legenda tenha uma segunda opção de candidatura em caso de condenação do ex-presidente no julgamento que ocorre na quarta-feira (24).

“Ter plano B quando se trata de um inocente é uma covardia. E nós, as mulheres desse país, já demonstramos que se tem uma coisa que não somos é covardes”, disse.

Dilma falou ainda sobre a acusação de recebimento de propina relativos à cessão do apartamento tríplex, pelo qual Lula é julgado. “Não tem nada que demonstre o que o presidente fez. Aliás, o juiz diz que não é preciso ter um ato. É o que ele pensa, mas não é o que diz a lei brasileira”, afirmou a ex-presidente negando também as especulações de que Lula teria ocultado a posse do apartamento.

“Mas alguém pode dizer ‘ah, pode ter um laranja ocultando esse tríplex’. Aí a defesa mostrou para o juiz que o tríplex estava registrado no nome da empresa construtora OAS (…). Recentemente uma juíza pegou esse tríplex, tirou da propriedade da construtora e deu para uma empresa. Veja bem, o Lula é condenado por um apartamento que uma juíza tirou de uma empresa e deu para outra em pagamento de suas dívidas” afirmou.

O julgamento do ex-presidente Lula (PT) pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, acontecerá na próxima quarta-feira (24) e tem mobilizado grande parte da bancada petista na Câmara Federal.