Publicado em 11/03/2016 às 13h59.

Dilma nega renúncia e diz que teria ‘orgulho’ em ter Lula ministro

A presidente negou que esteja "resignada" com a possibilidade do seu mandato ser interrompido e deixou em aberto ministério para o ex-presidente Lula

Rodrigo Aguiar
Brasília - A presidenta Dilma Rousseff em reunião com autoridades para tratar do combate ao vírus Zika (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

 

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (11), em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, que teria o “maior orgulho” em ter o ex-presidente Lula como seu ministro e negou que esteja resignada com a possibilidade de o seu mandato ser interrompido. Nos últimos dias, ministros e pessoas próximas à mandatária iniciaram uma operação para tentar convencer Lula a aceitar um ministério, com o objetivo de conferir a ele o foro privilegiado e, assim, evitar que o petista possa ser preso na Operação Lava Jato pelo juiz Sérgio Moro.

“Ele [Lula] tem experiência, capacidade de formulação de políticas, capacidade gerencial. Agora, não vou discutir aqui se vai ser ou não vai ser [ministro]”, declarou a chefe do Executivo nacional. A petista também negou que vá renunciar ou já tenha aceitado a possibilidade de não finalizar o seu governo em 2018. “Pelo amor de Deus, tenha dó. Essa história de resignação não é comigo, não”, afirmou Dilma.

A presidente ainda questionou o conteúdo de suposta delação do senador Delcídio do Amaral, ex-líder do governo no Senado preso na Lava Jato, publicada pela revista Isto É. Segundo a publicação, o parlamentar contou que Dilma atuou para interferir na operação e promover a soltura de réus presos. “Por que só vazaram páginas que dizem respeito a mim, de 400 páginas, como diz a revista?”, perguntou.

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