Publicado em 08/06/2017 às 15h00.

Dívida da JBS é questionada na CPI da Previdência

Embora representantes de outros frigoríficos estivessem na audiência, senadores se concentraram no bombardeio à empresa dos irmãos Batista

Redação
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

 

Listada entre os maiores devedores do INSS, a JBS dos irmãos Joesley e Wesley Batista foi o alvo principal da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência no Senado Federal, nesta quinta-feira (8). Em audiência pública do colegiado, representantes do frigorífico foram bombardeados com perguntas – algumas das quais fora do escopo da reunião – e apresentaram argumentos que contestam dados da Receita Federal sobre os débitos alegados.

Segundo a Receita, a JBS deve R$ 2,4 bilhões ao INSS. Escalado para representar a empresa na audiência, o gerente jurídico do empreendimento, Fabio Chilo rebateu os números. Segundo ele, o frigorífico tem R$ 1,5 bilhão em créditos a receber, já homologados pela Receita Federal, e está requerendo por via judicial a dedução desse valor do montante devido à Previdência.

Integrante da comissão, o senador Lasier Martins (PSD-RS) minimizou a informação do executivo, classificando-a como “uma tese”, que “ainda não se sabe se vai colar”. A questão está em análise no Judiciário e as discussões ainda estão em fase inicial, admitiu Fabio Chilo.

Aparentando tranquilidade, o executivo rebateu todas as acusações contra a empresa. Perguntado sobre as suspeitas de ganhos da JBS no mercado de câmbio antes da divulgação das delações ou sobre o uso do jato da empresa pelo presidente Michel Temer, explicou que não tinha autoridade para responder às questões.

Alvo – Embora outros frigoríficos estivessem representados na audiência, a JBS monopolizou as atenções dos senadores. A Marfrig, por exemplo, acumula um débito de R$ 1 bilhão com o INSS. Mas, mesmo questionando a não compensação de créditos tributários, a empresa tem reduzido sua dívida por meio de parcelamentos oferecidos pelo Fisco, enquanto aguarda a homologação de parte dos créditos. Com informações de O Estado de S. Paulo.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.