Publicado em 17/05/2019 às 08h10.

Dono da Gol diz que aéreas captaram R$ 2,5 milhões para fundo de caixa dois

Em mais um capítulo de sua delação premiada, Henrique Constantino revelou que empresas obtiveram contrapartidas de parlamentares

Redação
Reprodução/Facebook
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Reportagem do jornal O Globo informa que as principais companhias aéreas do Brasil criaram um fundo de R$ 2,5 milhões para repasses de caixa dois a parlamentares em troca de bom relacionamento com o Poder Legislativo.

A revelação consta de mais um capítulo da delação premiada de Henrique Constantino, um dos donos da Gol.

Conforme apurou o diário carioca, a ideia de criar o fundo teria partido do presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, que administraria os valores. Tanto as empresas como os políticos citados negam as acusações e classificam as declarações do delator de “inverídicas” .

Segundo Constantino, Sanovicz promoveu uma reunião em 2014 na qual apresentou uma lista de oito parlamentares que seriam beneficiados com os recursos, entre eles o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente do MDB, Romero Jucá (RR), e o presidente do PP, Ciro Nogueira (PI). Constantino não relata, no entanto, se esses valores foram efetivamente pagos.

O dono da Gol não deu detalhes sobre a forma de pagamento e disse que essa operação ficou a cargo de Sanovicz, mas citou o uso de contratos fictícios para mascarar os repasses. Constantino não diz se as empresas obtiveram contrapartidas dos parlamentares em troca dos repasses citados.

De acordo com a delação de Constantino, Sanovicz escolheu os parlamentares que seriam beneficiados de acordo com sua representatividade e diversidade partidária. Além de Maia, Jucá e Nogueira, também estavam na lista os então parlamentares Marco Maia (PT-RS), Edinho Araújo (MDB-SP), Vicente Cândido (PT-SP), Otávio Leite (PSDB-RJ) e Bruno Araújo (PSDB-PE).

 

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