Publicado em 19/05/2017 às 15h59.

Dono da JBS diz que pagou R$ 6 milhões em notas frias a Serra

Joesley Batista afirmou que dinheiro foi repassado em 2010, durante campanha presidencial

Rodrigo Aguiar
(Foto: José Cruz/Agência Brasil)
Foto: José Cruz / Agência Brasil

 

O senador José Serra (PSDB) foi destinatário de cerca de R$ 6 milhões pagos em notas frias em 2010, durante sua campanha presidencial, segundo o empresário Joesley Batista, da JBS.

Em delação premiada, Batista disse que, à época, Serra o procurou e pediu uma contribuição. “Eu autorizei até R$ 20 milhões. Eu achava que tinha sido tudo oficial, e recentemente a gente viu nas auditorias internas que R$ 6 milhões foram pagos com nota fria”, afirmou.

De acordo com o proprietário da JBS, a maior parte desse valor foi paga a uma empresa chamada LRC. “Deram nota de patrocínio de um camarote no autódromo de Fórmula 1, como se nós tivéssemos comprado um camarote. Teve realmente esse camarote e essa corrida de Fórmula 1; só não podia custar R$ 6 milhões”, contou o empresário.

Batista relatou ainda a existência de outra nota fria, no valor de R$ 420 mil, da empresa APPM Análise e Pesquisa.

Ao ser questionado pelo procurador que conduzia a audiência sobre os pagamentos feitos a políticos, o dono da JBS explica o motivo dos repasses. “Que isso não seja justificativa de forma alguma, mas o simples fato de um senador da República te fazer um pedido de dinheiro, ainda mais em espécie…Isso te constrange”, alegou.

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