Publicado em 10/08/2018 às 11h37.

Duelo entre tucanos e petistas renasce em 2018 com Alckmin e Lula na cadeia

Alckmin aglutinou forças que antes estavam acasalados com Dilma, se aninharam com Temer e agora correram para os tucanos; Lula, mesmo preso, ainda lidera as pesquisas

Levi Vasconcelos

Frase da vez

“O tempo é o berço da esperança e o túmulo da ambição”

Charles Caleb Colton, escritor inglês (1780-1832)

Foto: Kelly Fuzaro/ Band
Foto: Kelly Fuzaro/ Band

 

Na última vez que esteve em Salvador Geraldo Alckmin dizia que não se importava muito com o fato de estar em baixa nas pesquisas, sempre lá pelo sétimo lugar, atrás de Lula, Bolsonaro, Marina Silva, Ciro Gomes e às vezes até de Álvaro Dias. Dizia ele que na campanha reverteria.

Uma coisa ele já conseguiu: construir a mais abrangente articulação política entre os 13 presidenciáveis oficialmente colocados. E vai reverter? Sabe-se lá. Mas tem boas chances.

Rui e Lula

Desde 1994, a 24 anos portanto, PSDB e PT duelam pela presidência da República e 2018 dá evidentes sinais de que os resquícios dessa era ainda persistem fortes.

De um lado, Alckmin aglutinou forças que antes estavam acasalados com Dilma (PP, PSD e PR), se aninharam com Temer e agora correram para os tucanos. De outro, Lula mesmo preso, ainda lidera as pesquisas.

Se Alckmin está bem articulado e Lula na cadeia, a lógica é que ele embale enquanto o PT tenta desatar os seus muitos nós. Fraco no Nordeste, Alckmin fechou ao sul, indo ao Rio Grande do Sul pegar a gaúcha Ana Amélia para vice. O que vier do Nordeste é lucro.

É nisso que ACM Neto aposta como futuro promissor. Já Rui Costa se armou certinho no plano estadual e no federal corre pelo passado. Se Lula divide o país em manifestações apaixonadas ou odiosas, quer dizer que uma banda odeia e outra ama. É nessa que ele surfa.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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