Publicado em 19/10/2016 às 12h37.

Eduardo Cunha é preso pela Polícia Federal

Em decisão, juiz Sérgio Moro diz que liberdade de ex-deputado representava risco "à instrução do processo, à ordem pública, como também a possibilidade concreta de fuga"

Evilasio Junior
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

 

O ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi preso preventivamente pela Polícia Federal, por volta das 13h15 desta quarta-feira (19), em Brasília. O ex-parlamentar foi capturado pelos agentes, que o procuravam desde o início da manhã, nos arredores do prédio onde mora, na Asa Norte, na capital federal. A casa do peemedebista na Barra da Tijuca, na zona sul do Rio, também foi alvo de busca e apreensão.

Ele foi levado diretamente ao hangar do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, de onde partiu para Curitiba, onde ficará custodiado na sede da PF por tempo indeterminado. O mandado foi expedido pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância da Justiça, na terça (18).

A alegação é de que a liberdade representava risco “à instrução do processo, à ordem pública, como também a possibilidade concreta de fuga em virtude da disponibilidade de recursos ocultos no exterior, além da dupla nacionalidade (Cunha é ítalo-brasileiro)”, afirma em nota a Justiça Federal do Paraná. Também foi decretado o bloqueio de R$ 220,7 milhões dos seus bens.

Entre outros crimes, Cunha é acusado de receber R$ 5 milhões em propinas, provenientes de contratos de exploração de petróleo da Petrobras na África, em contas na Suíça. O peemedebista perdeu o mandato em setembro, após ser cassado pelo plenário da Casa, e perdeu o foro privilegiado, que é o direito de ser processado e julgado apenas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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