Publicado em 19/07/2017 às 08h46.

‘Ele só pensa naquilo’, diz Neto sobre Bruno Reis prefeito

"Um dia, podendo governar a Bahia, queria fazer no estado o que fiz em Salvador”, projetou o prefeito, que voltou a falar sobre ser candidato em 2018

Alexandre Galvão

Em tom jocoso, o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), afirmou que o seu vice, Bruno Reis (PMDB), “só pensa naquilo” – ou seja, em assumir o seu lugar, caso o democrata seja candidato ao governo da Bahia em 2018.

Em entrevista à Rádio Metrópole, o democrata confirmou o que todo mundo já sabe: cogita a hipótese de concorrer ao Palácio de Ondina. “Não tenho vaidade. Não é a vaidade que me move a disputar o governo. Não é morar em palácio que vai fazer diferença na minha vida. Isso me traz um senso de ter o pé no chão. Hoje você está aqui e amanhã não está mais. O que fica é o trabalho que você realiza. Um dia, podendo governar a Bahia, queria fazer no estado o que fiz em Salvador”, projetou.

O prefeito, no entanto, credenciou Reis para o seu atual posto. “Ele anda comigo desde o começo. Conhece Salvador e, se eu for candidato, a cidade vai estar em boas mãos. A cidade tem um plano estratégico traçado e que será realizado nos próximos anos”, disse, ao citar o Salvador 360.

Fusão – O prefeito voltou a negar que o DEM irá se fundir com o PSB. O movimento, no entanto, é de atração dos parlamentares. “Nunca se cogitou fusão com PSB. Foi leitura equivocada. O que existe são 11 deputados do PSB – de um a três senadores – que querem sair do partido e conversam com uma série de legendas e avaliam as hipóteses. É uma ala que contesta a direção do PSB e começamos a conversar com eles”, descreveu.

Neto defendeu também o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia – seu correligionário –, acusado de “tramar” para derrubar Michel Temer (PMDB). “O Rodrigo nunca conspirou contra o presidente. Se tivesse conspirado, o nosso cenário seria outro. O presidente não quis barrar nenhuma filiação ao DEM. Durante dia, muita gente do partido ficou chateada, mas eu tenho atuado aí como bombeiro. Essa foi outra leitura errada da imprensa”, apontou.