Publicado em 30/10/2016 às 08h20.

Eleição para o comando da Câmara é palco de nova disputa política

O atual presidente, Rodrigo Maia (DEM), tenta achar uma brecha jurídica para que possa se candidatar ao posto

Redação
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

 

Finalizadas as eleições municipais, a disputa pela sucessão da presidência da Câmara dos Deputados será intensificada e o vale-tudo pelas vagas tende a ampliar a divisão na base aliada do presidente Michel Temer. De um lado, o PSDB, que reivindica apoio do Palácio do Planalto e da bancada de deputados do PMDB para chegar ao comando da Casa. Do outro, integrantes do chamado Centrão (PP, PSD, PR, PTB entre outros partidos), que também contam com a ajuda do governo e dos peemedebistas para vencer a disputa. Um terceiro personagem também articula a possibilidade de disputar: o atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ele tenta uma brecha jurídica para que possa se candidatar.

Até o dia 1º de fevereiro, quando acontecerá a eleição, a disputa pode ter como ingredientes mudanças na Esplanada dos Ministérios e até ameaças aos pequenos partidos de uma possível aprovação da cláusula de barreira nas próximas eleições. “Não tem jeito. Depois das eleições municipais, a coisa aqui vai acelerar”, avaliou o líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE).

Nas três candidaturas aventadas, o único consenso é de que o PMDB não poderá lançar um nome do partido em razão de acumular a Presidência da República e a do Senado. Segundo deputados envolvidos nas articulações, o líder do PMDB, Baleia Rossi (SP), tem dito que aguarda uma posição de Temer para definir o rumo da legenda.

Em campanha silenciosa, o PSDB defende o critério à proporcionalidade de cada bancada. O partido, com 56 deputados eleitos, é o terceiro da Câmara, atrás do PMDB e do PT, que atua na oposição.

Uma das estratégias dos adversários dos tucanos será a de colocar uma “suspeita” em torno da fidelidade que o PSDB diz ter em relação ao governo. O fato de o partido ser um forte candidato à disputa presidencial de 2018 deverá ser uma das munições para dissuadir lideranças do governo e do PMDB de um possível apoio aos tucanos.

“O próximo presidente será o condutor das reformas ou o indutor do caos”, avaliou o líder do PSD, Rogério Rosso, derrotado na última disputa pelo comando da Casa vencida por Rodrigo Maia.

Com informações de agências.

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