Publicado em 14/04/2019 às 18h45.

Em carta a israelenses, Bolsonaro diz que querem afastá-lo ‘dos amigos judeus’

Presidente recebeu críticas após dizer que “poderia perdoar, mas não esquecer” o Holocausto

Redação
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

 

O presidente Jair Bolsonaro enviou uma carta à embaixada israelense após dizer que “poderia perdoar, mas não esquecer” o Holocausto.

A fala de Bolsonaro gerou críticas do presidente de Israel, Reuven Rivlin, e do Memorial do Holocausto em Jerusalém.

Na carta, o chefe do Palácio do Planalto diz que “o perdão é algo pessoal, nunca num contexto histórico como no caso do Holocausto” e que “qualquer outra interpretação só interessa a quem quer me afastar dos amigos judeus”.

“Ao povo de Israel: deixei escrito no livro de visitantes do Memorial do Holocausto em Jerusalém: ‘AQUELE QUE ESQUECE SEU PASSADO ESTÁ CONDENADO A NÃO TER FUTURO’. Portanto, qualquer outra interpretação só interessa a quem quer me afastar dos amigos judeus. Já o perdão, é algo pessoal, nunca num contexto histórico como no caso do Holocausto, onde milhões de inocentes foram mortos num cruel genocídio”, afirma a mensagem, na íntegra, segundo O Globo.

Próximo a Bolsonaro, o embaixador israelense no Brasil, Yossi Shelley, defendeu o presidente no episódio.

“Em nenhum momento de sua fala o presidente mostrou desrespeito ou indiferença pelo sofrimento judeu. Não vingarão aqueles que desejam levantar suspeições sobre as palavras de um grande amigo do povo e governo de Israel”, escreveu Shelley, principal articulador da recente viagem de Bolsonaro a Israel.

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