Publicado em 13/03/2017 às 18h00.

Emílio Odebrecht à Justiça: ‘Sempre existiu caixa 2’

Arrolado como testemunha de defesa do filho Marcelo, preso desde 2015, patriarca diz que a prática vem desde a época de seu pai, fundador do grupo

Redação
Foto: montagem bahia.ba
Foto: montagem bahia.ba

 

Sem meias palavras e deixando de lado eufemismos, o executivo Emílio Odebrecht, presidente do Conselho de Administração da empresa que leva seu sobrenome, afirmou à Justiça nesta segunda-feira (13) que “sempre existiu” caixa 2 na construtora, para doações de campanha não oficiais: “(…) Desde a minha época, da época do meu pai e também de Marcelo [Odebrecht]”, declarou ao juiz Sergio Moro.

O patriarca é testemunha de defesa do filho Marcelo Odebrecht – presidente do grupo e preso pela Operação Lava Jato, desde junho de 2015 – na ação que acusa o ex-ministro Antonio Palocci de agir em favor dos interesses da empresa. Em um depoimento que durou cerca de 30 minutos, o executivo disse que nunca tratou de pagamentos ilícitos com Palocci, mas “não tem dúvidas” de que ele pode ter sido um dos operadores do PT e recebido recursos em favor do partido.

No início da audiência, Moro entendeu que o depoimento do patriarca deveria ficar em segredo de justiça até a quebra do sigilo da delação da Odebrecht pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Também nesta segunda-feira, o juiz federal ouviu o depoimento de outro delator da construtora, o executivo Márcio Faria. Com informações da Folhapress.

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