Publicado em 17/02/2017 às 10h33.

Ex-governadores gritam por conta da liminar da pensão

Na Bahia, só sete ex-governadores estão vivos: Roberto Santos, João Durval, Waldir Pires, Nilo Coelho, César Borges, Paulo Souto e Jaques Wagner

Levi Vasconcelos

Na decisão (liminar) do juiz Glauco Dainese de Campos, da 7ª Vara da Fazenda Pública, que considera inconstitucional a lei que dá pensão de pouco mais de R$ 20 mil a ex-governadores, suscitou indignação entre os ex-governantes baianos citados na sentença.

Paulo Souto e Jaques Wagner que, embora tenham direito, nunca solicitaram o benefício. E João Durval Carneiro que recebe a pensão desde que deixou de ser senador porque precisa dela para sobreviver.

Aliás, o advogado Maurício Vasconcelos lembra que a lei foi instituída sob inspiração de Pedral Sampaio e Raul Ferraz, este então prefeito de Vitória da Conquista.

Os dois foram informados que Régis Pacheco, médico, já idoso, ex-prefeito de Conquista e também ex-governador, morava em Goiás enfrentando dificuldades para sobreviver. Buscaram a solução.

A lei do deputado Adolfo Menezes, agora questionada, aprovada em 2014, em verdade é uma substituição da anterior. Se ela for de fato revogada, vale a anterior, dentro do princípio do direito adquirido, dizem os experts.

Ficamos com nossa posição. De um governador se cobra é lisura, ficha limpa. Para os “Sérgio Cabral”, cadeia. Os demais, que vivam com decência. É o mínimo.

Os beneficiários

A Bahia só tem sete ex-governadores vivos: Roberto Santos, João Durval, Waldir Pires, Nilo Coelho, César Borges, Paulo Souto e Jaques Wagner.

Otto Alencar e Antonio Imbassahy também cumpriram mandatos tampões, de seis meses.

Como se vê, é muito pouca gente.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.