Publicado em 17/03/2016 às 11h26.

Ex-presidente Lula toma posse como ministro da Casa Civil

Em cerimônia que teve protesto de deputado e ovação dos governistas, a presidente defende o seu mandato e diz que seu governo sai fortalecido com Lula

Redação
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

 

 

Na manhã desta quinta-feira (17), a presidente Dilma Rousseff concedeu posse ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na chefia da Casa Civil do governo. A nomeação do petista, que é alvo de investigação da Operação Lava Jato, motivou uma série de protestos no país durante a quarta-feira (16).

Porém, antes de Dilma começar o seu pronunciamento, um manifestante teve que ser contido pelos seguranças ao gritar “vergonha”. Logo depois, os governistas presentes na cerimônia reagiram com um “não vai ter golpe”. Chamando de corajosos os presentes na sala, Dilma disse que a posse era um momento de muita alegria por integrar Lula a seu governo e que agora terá mais força para recolocar o Brasil nos trilhos da economia e superar as armadilhas que jogam no seu caminho aqueles que desde a sua posse não fizeram outra coisa a não ser atrapalhar o seu mandato ou querer o retirá-lo de forma golpista.

Além de Lula, assumem os cargos o novo ministro da Justiça, Eugênio Aragão; da Aviação Civil, Mauro Lopes; e do ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência, Jaques Wagner.

Com boa parte do discurso dedicado à Lula, Dilma chegou a mostrar o documento de posse que foi enviado à residencia de Lula, nesta quarta-feira (17), e justificou que o documento não tinha valor legal, uma vez que ainda estava sem a sua assinatura, e que só foi enviado antes porque a presença do ex-sindicalista ainda não estava 100% definida, uma vez que ele poderia não comparecer à cerimônia para acompanhar a sua esposa, Marisa Letícia, que estaria com problemas de saúde. A presidente ainda afirmou que a presença de Lula no seu governo prova a “sua grandeza como estadista” e comprova “identidade com o povo brasileiro”.

Dilma ainda disse que, com Lula ao seu lado, terá a oportunidade de recolocar o Brasil nos trilhos da economia e superar as armadilhas que jogam no seu caminho aqueles que, desde a sua posse, não fizeram outra coisa a não ser atrapalhar o seu mandato ou querer o retirá-lo de forma golpista. A presidente também afirmou com veemência que o grampo [autorizado pelo juiz federal Sérgio Moro] será investigado e que “convulsionar a sociedade brasileira em cima de fatos criticáveis, abre precedentes gravíssimos para a democracia brasileira”.

Jaques Wagner- Por utilizar apenas aviões de carreira, Wagner teve um contratempo e não conseguiu chegar na cerimônia, mas foi referendado pela presidente como “um  grande amigo, parceiro e um bom conselheiro”, que vai estar cada vez mais próximo, ocupando o cargo de chefe do seu gabinete.

Em seu pronunciamento, a petista ainda agradeceu a disponibilidade de Welington Lima e Silva, que teve que deixar o Ministério da Justiça após ser impedido pelo judiciário a se manter no cargo caso não abrisse mão de sua carreira no Ministério Público da Bahia, onde é procurador.

 

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