Publicado em 24/04/2017 às 16h58.

Ex-secretários pedem para trancar investigação da PF sobre Fonte Nova

TCE rejeitou as contas do contrato firmado para construção da arena no ano passado, após apontar sobrepreço

Rodrigo Daniel Silva
Arena Fonte Nova (Foto: Mateus Pereira/ GOVBA).
Arena Fonte Nova (Foto: Mateus Pereira/ GOVBA)

 

Os ex-secretários do governo, Nilton Vasconcelos (Trabalho, Emprego, Renda e Esporte) e Luiz Alberto Petitinga (Fazenda), e o ex-diretor da Desenbahia, José Ricardo Santos, pediram à Justiça Federal na Bahia o trancamento do inquérito da Polícia Federal que apura “se houve desvio de recursos públicos e fraude à licitação” na construção da Arena Fonte. Na prática, os ex-gestores querem acabar com as investigações.

A obra foi construída por uma Parceria Público-Privada (PPP) formada pelo Estado e a Fonte Nova Participações (consórcio da Odebrecht e OAS, empreiteiras alvos da Operação Lava Jato). Na decisão proferida na última quinta-feira (20), o juiz federal Fábio Roque Araújo entendeu que cabe ao Tribunal Regional Federal analisar o pedido, já que o requerimento de abertura de investigação foi feito pela Procuradoria da República.

Contas rejeitadas – Em abril do ano passado, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) rejeitou as finanças do contrato entre o Governo da Bahia e o consórcio formado pelas empreiteiras baianas.

Na avaliação dos conselheiros, houve um sobrepreço de R$ 460 milhões no valor total da construção. Para tanto, o TCE comparou o custo de R$ 230 milhões previsto em um estudo para a reforma do antigo estádio e o valor final de cerca de R$ 690 milhões.

A Corte multou os então gestores responsáveis pela obra. Entre eles, Nilton Vasconcelos, que terá que pagar multa de R$ 13,3 mil (valor máximo possível).

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